Humberto critica a utilização de cavaletes em campanha

No Senado, o petista apresentou emendas para a minirreforma eleitoral

por Élida Maria qua, 04/09/2013 - 16:08
Líbia Florentino/LeiaJáImages/Arquivo Durante discurso o parlamentar criticou a compra de votos Líbia Florentino/LeiaJáImages/Arquivo

O senador Humberto Costa (PT) apresentou nesta quarta-feira (4), três emendas ao projeto da minirreforma eleitoral aprovados em primeiro turno na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), no Senado Federal. Entre os temas levantados pelo petista estão o da proibição de cavaletes em campanhas e o uso de pessoal durante o processo eleitoral. A CCJ ainda terá de votar a matéria em turno suplementar, o que deve acontecer na próxima terça-feira (10), a partir das 14h.

Durante o discurso, o senador reconheceu que a proposta não atende todas as necessidades de mudança na legislação eleitoral, mas apontou alguns avanços na proposta aprovada. “Há um enorme avanço, por exemplo, em proibir a fixação de cartazes e outras. Nós sabemos que já se criou uma indústria de venda de muros, de espaços pra fixação de placas. Não é incomum ouvir relatos de alguém que chegou numa casa pintada com o nome de um fulano e que ouviu: vou votar no senhor, mas outro fulano me pagou o muro, por isso que está pintado com o nome dele”, exemplificou.

Humberto Costa também defendeu a proibição de divulgação de qualquer material de campanha fixado em local público. “Não adianta trocar os cavaletes por pessoas segurando bandeira. Tem que ser proibido colocar, afixar o que for: cartaz, cavalete, em bem público. Isso já vai criar uma condição de igualdade enorme pra todos os candidatos”, defendeu, acrescentando: “campanha, no meu ponto de vista, tem que ser feito no corpo a corpo, na televisão e no rádio. Essas outras ações geram distorções de condições”, disparou. 

Outro assunto criticado pelo petista foi o uso excessivo de mão de obra em campanhas. “Essa questão de pagamento de inscrição de carteira assinada, na verdade, é um disfarce pra compra de votos. Às vezes, um vereador, que precisa de mil votos pra se eleger, ele contrata mil e quinhentas pessoas. Isso não pode ocorrer”, soltou.

Com informações da assessoria

COMENTÁRIOS dos leitores