Raquel Lyra comenta migração do pai para o PSB
A socialista ver a modificação como um alinhamento partidário e um ato de solidariedade
A saída do vice-governador de Pernambuco, João Lyra Neto, do PDT para o PSB foi analisada na manhã desta terça-feira (28) pela sua filha e deputada estadual Raquel Lyra (PSB). A parlamentar considerou natural à decisão do gestor e confirmou que a atitude dele tem haver com a possível candidatura de Eduardo Campos (PSB) à presidência da República em 2014.
“Eu vejo de uma forma muito natural com a perspectiva que há de o nosso governador Eduardo disputar um outro mandato e de desincompatibilizar do governo já no ano início do que vem. E, para que possa ser promovido um debate amplo no nosso estado e que seja promovido uma unidade para que possa ser discutido tanto o governo do Estado de modo tranquilo como um governo federal que deve estar se desenhando”, explicou a parlamentar.
A filha de Lyra relembrou que é militante do PSB há cinco anos e deixou claro que seu pai seguirá ‘recebendo ordens de Campos’. “Que o vice-governador venha para o Partido Socialista Brasileiro, da qual sou militante desde 2007, para que possa fazer com muita tranquilidade e sobre a orientação do governador Eduardo Campos”, comemorou.
A deputada disse ainda que não sabe qual será o comportamento dos membros do PDT, sigla que João Lyra atua, já que ainda não se desfilou. “A gente não sabe como o PDT que é o partido que ele milita atualmente vai se portar em relação ao ano que vem, e isso é mais um ato de solidariedade ao projeto que traz o nome do governador Eduardo Campos para que possa manter também, o governo do Estado nas mãos do partido socialista brasileiro”, soltou a socialista.
Questionada se essa atitude representaria uma possível candidatura de João Lyra ao governo do Estado em 2014, ela esquivou-se, mas afirmou que ele estará inserido a todo o momento neste processo. “Isso é uma discussão que será feita ainda no ano que vem. Ele deve assumir o governo do Estado e é claro que vai participar da coordenação da sua sucessão, seja como candidato ou não. Mas é claro que participará de modo mais tranquilo se tiver alinhado, porque milita e quer eleger um governo que se firme com os compromissos e com um modelo de gestão que o governador implementou nesses últimos sete anos e que deu certo no estado de Pernambuco”, argumentou a deputada.