Vereadores se unem aos ex-moradores da Vila do Campo

Comissão busca dialogar com o governador Eduardo Campos (PSB) para solucionar o problema

por Carlos Simões ter, 02/04/2013 - 21:50
Cortesia Moradores permanecem alojados no abrigo, em condições precárias e sem assistência social Cortesia

Durante sessão realizada nesta terça-feira (2), na Câmara dos Vereadores de Ipojuca, o vereador Olavo Aguiar (PMN) sugeriu a criação de uma comissão de parlamentares e ex-moradores da comunidade Vila do Campo com o objetivo de dialogar com o governo do estado para encontrar uma solução para o problema das famílias que tiveram suas casas desapropriadas.

O presidente da associação dos moradores da comunidade Vila do Campo, Afonso Henrique, afirma que aprovou a decisão dos vereadores e disse que a união dos parlamentares pode pressionar o governador. “Temos que continuar a pressão, porque Eduardo é um ditadorzinho e se acha muito forte politicamente”, dispara.

Ainda segundo Henrique, o governador se “escondeu” na decisão da justiça e afirmou que o maior interesse é dos políticos. “A questão não é jurídica, e sim apenas uma questão dos políticos se esconderem atrás da justiça. O governador poderia ter impedido a decisão mas não fez nada", comenta.

Na ocasião, a vereadora Eliete Lins (PDT) iniciou a sessão afirmando que está solidária com os problemas enfrentados pelos ex-moradores da Vila do Campo e o parlamentar Paulinho Nascimento (PDT) afirmou que os governadores tem a obrigação de ajudar os ex-moradores. “Não entendo como o prefeito Carlos Santana, no carnaval proibiu o baile no Clube Municipal de Ipojuca e sedeu o espaço para amontoar as famílias, disse.

CADASTRAMENTO - De acordo com o presidente da comunidade Vila do Campo, Afonso Henrique, no ano de 2007 foi realizado o primeiro cadastramento do governo do estado para identificar as família que residiam no local, encontrando cerca de 25, o que não correspondia ao número real.

Já em 2010, o governo voltou a realizar o levantamento, indo de casa em casa, alegando que se referia a uma ação para remover os familiares para uma possível idenização. No ano de 2011, foram encontradas 131 famílias a mais que havia sido cadastrado no primeiro processo.

No dia da desapropiação, foram encontradas mais 24 casas, totalizando 180 famílias. Apenas as casas registradas no ano de 2007, permanecem morando na Vila do Campo.

Com colaboração de Patrícia França

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