Deputado comenta o fim do auxílio-paletó
Cada parlamentar deixará de receber anualmente cerca de R$ 53 mil
O congresso Nacional aprovou por unanimidade nesta quarta-feira (27) o Projeto de Lei que extingue em partes o 14º e 15º salários, pagos desde a Constituição Federal de 1946. Dessa forma a verba será repassada duas vezes, uma no começo e outra no fim de cada mandato, diferente do que acontecia antes, quando os deputados federais recebiam o auxílio-paletó, duas vezes por ano.
Segundo o deputado federal, Raul Henry (PMDB), essa atitude é um gesto do congresso que busca restabelecer sua imagem junto à população brasileira. “A maioria dos trabalhadores não ganham o 14º e 15º salários, então não seria justo os parlamentares receberem também. Assim dialogamos com a sociedade buscando credibilidade e respeito”, ressaltou o deputado.
Questionado sobre a extinção parcial do auxílio-paletó, Henry argumentou que o congresso federal, a cada quatro anos tem mudanças significativas de seus quadros políticos. “Há uma renovação de mais ou menos 40% dos deputados a cada eleição, assim o pagamento feito no começo e no fim do mandato, ajuda no custeio do parlamentar para se instalar em Brasília, tanto no seu gabinete quanto no seu apartamento”, comentou.
Depois da promulgação dessa lei pelo presidente do senado, Renan Calheiros (PMDB) e do presidente da câmara, Henrique Alves (PMDB), cada um dos deputados deixará de receber anualmente R$ 53,446,26.
Já no senado federal, se for juntar os 81 senadores, a economia pode chegar a R$ 34,6 milhões. A expectativa é que as Assembleias Estaduais de todo o Brasil também votem o fim do auxílio-paletó, pois algumas câmaras de vereadores como a do Recife já extinguiram parcialmente a verba.