Imprensa discute em SP liberdade e desafios digitais

qui, 11/10/2012 - 10:13

A partir desta sexta-feira (12), cerca de 450 jornalistas e empresários de comunicação de mais de 30 países da América Latina reúnem-se em São Paulo para discutir, durante cinco dias, o presente e o futuro da imprensa na região.

São 65 palestrantes e conferencistas, dezenas de painéis e debates. Entre seus convidados ilustres, a 68.ª Assembleia Geral da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) terá o ex-chanceler espanhol Jorge Castañeda, os jornalistas Arthur Sulzberger Jr., do New York Times, e Juan Luís Cebrián, do El País, os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Alan Garcia, do Peru, e a ex-senadora Marina Silva.

O encontro será no Hotel Renaissance, na região central da cidade - e para a solenidade de abertura oficial, na segunda-feira (15), estão convidados a presidente Dilma Rousseff, o governador Geraldo Alckmin e o prefeito Gilberto Kassab.

É a quinta vez que o Brasil organiza esse encontro. O comitê anfitrião é formado pelos jornais A Tribuna, Correio Popular, Folha de S.Paulo, Gazeta do Povo, O Estado de S. Paulo, O Globo, O Popular, Zero Hora, Diários Associados, Grupo Abril e Grupo Estado. Julio Cesar Mesquita, do Grupo Estado, presidente do Comitê Anfitrião, e o presidente da SIP, Milton Coleman, farão a abertura solene da assembleia e a das sessões da Comissão de Liberdade de Imprensa.

Problemas não faltam para serem discutidos nesses cinco dias. O cenário já conhecido - também analisado no encontro anterior, em Lima, no Peru -, de governos que tentam controlar a informação, ganha novas cores com a decisão da Venezuela de deixar a Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA (CIDH) - gesto que pode ser seguido por governos vizinhos. Além disso, painéis especializados vão discutir temas novos, como o pagamento pelo conteúdo da internet e a adaptação às novas tecnologias digitais.

 

Violência

À sombra dos debates, um número inquietante: os 418 jornalistas mortos desde 1997 no continente, "um número alto demais", como resume o diretor executivo da SIP, Julio Muñoz. A crescente violência contra jornais e jornalistas e a impunidade dos criminosos deverão tomar a maior parte das sessões em que será passada a limpo, país por país, a liberdade de informação no continente. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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