Câmara tem compra de voto, afirma Soninha
A candidata do PPS à Prefeitura de São Paulo, Soninha Francine, afirmou nesta quarta-feira que existe compra de votos na Câmara Municipal, embora não tenha revelado nomes dos supostos envolvidos. "Claro que dá para comprar vereador. Já soube que fulano estava pedindo 120 cargos diversos na Prefeitura", afirmou Soninha durante a sabatina Folha/UOL. A hoje candidata à Prefeitura foi vereadora entre 2005 e 2008.
Segundo Soninha, as negociações também ocorriam em forma de dinheiro. Ela não especificou valores. "Nenhum projeto passa na Câmara sem passar por acordo prévio. Tudo é acordo. Cada projeto aprovado foi acordado antes, numa reunião com um colégio de líderes. Na pior das hipóteses, essa troca é feita em forma de dinheiro", afirmou.
Soninha insinuou que o esquema de pagamento de propinas ocorreu na Câmara sob a conivência do atual prefeito da capital, Gilberto Kassab (PSD). "Quando o governo tem muita facilidade em aprovar projeto, acende a luz amarela", afirmou. A candidata do PPS - que foi subprefeita da Lapa, na zona oeste, durante a gestão Kassab - afirmou que o prefeito é pouco proativo no combate à corrupção.
Maconha
Durante a sabatina, Soninha voltou a defender a legalização da maconha e a venda da droga em bares, como ocorre hoje com bebida alcoólica e cigarro. "Acredito que para o bem da sociedade tem que legalizar a maconha", afirmou. A solução seria vender maconha como se faz com cerveja, exemplificou a candidata, para trazer o comércio para o "mundo da legalidade". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo