CPMI do Cachoeira ouvirá duas pessoas nesta quarta
Parlamentares devem, ainda, votar a convocação de outras testemunhas e divisão de trabalho em sub-relatorias
Brasília - Na próxima quarta-feira (15), dois depoentes serão ouvidos na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga a relação do contraventor Carlos Cachoeira com agentes públicos e privados. Os parlamentares irão ouvir a empresária Rosely Pantoja e o ex-presidente do Detran de Goiás, Edivaldo Cardoso de Paula.
De acordo com a Polícia Federal, a empresa Alberto & Pantoja Construções, da qual Rosely é sócia, integra o esquema de Cachoeira, sendo usada para lavagem de dinheiro da empreiteira Delta. Já Edivaldo Cardoso aparece em gravações policiais garantindo o repasse de verbas do governo de Goiás para uma das empresas de Cachoeira. Além disso, a suspeita é de que ele teria sido indicado para o cargo pelo contraventor goiano.
Antes dos depoimentos, os integrantes da CPMI se reunirão nesta terça-feira (13) em sessão administrativa, para votação de requerimentos. A criação de sub-relatorias é um dos assuntos que devem ser discutidos. Os parlamentares argumentam que a quantidade de informações na CPMI é grande e que a divisão de trabalho racionalizaria a investigação. O presidente da CPMI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), assumiu o compromisso de avaliar o assunto nesta terça.
Outros requerimentos a serem analisados pedem a convocação de mais testemunhas. O senador Fernando Collor (PTB-AL) solicita que o juiz Alderico Rocha Santos seja convidado a depor para esclarecer as denúncias de chantagem que teria recebido da atual mulher de Cachoeira, Andressa Mendonça. O senador também pede as convocações do jornalista da revista Veja Policarpo Júnior, do presidente do grupo editorial Abril, responsável pela publicação da revista, Roberto Civita, e do procurador-geral da República, Roberto Gurgel.
Já Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) pede a reconvocação do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). Já o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) quer a convocação do ex-governador de Goiás Iris Rezende, acusado de receber R$ 2 milhões do contraventor para campanha ao governo estadual em 2010. Outros dois requerimentos pedem que os governadores do Tocantins, Siqueira Campos (PSDB), e do Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB), sejam ouvidos na CPMI.