Famílias ocupam Incra no Recife e pedem fim dos despejos
Os acampamentos já existem há mais de 50 anos e pedem por Reforma Agrária
A sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no Recife recebeu, na manhã desta terça-feira (18), cerca de 400 famílias agricultoras posseiras, que reivindicam o direito pelas terras que habitam há mais de 50 anos. Elas foram acompanhadas pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) e pela Federação dos Trabalhadores Rurais, Agricultores e Agricultoras Familiares do estado de Pernambuco (Fetape).
De acordo com a CPT, as famílias reivindicam a desapropriação imediata de todas as áreas das usinas falidas que têm débito fiscal com o estado e com a União, e que têm débito trabalhista.
Os grupos também pedem que sejam reativados a Comissão Estadual de Acompanhamento aos Conflitos Agrários de Pernambuco (CEACA/PE) e o Programa de Prevenção de Conflitos Agrários Coletivos (PPCAC), que estão suspensos desde o início do governo de Raquel Lyra. Os órgãos funcionavam como meios para garantir a segurança e a aquisição de terras de maneira pacífica.
A expectativa das famílias é de serem atendidas pelo superintendente do Incra Pernambuco, Givaldo Cavalcanti Ferreira, que foi noemado oficialmente na última sexta-feira (14), e que retornem para suas comunidades com a garantia de medidas que lhes permitam seguir produzindo alimentos saudáveis no campo, com dignidade e justiça social.