Seara terá que pagar R$ 10 mi por expor empregados à Covid
Juíza da ação argumentou que "a conduta omissiva e reiterada da ré pode contribuir para o adoecimento dos milhares de trabalhadores"
A Seara, uma das maiores empresas da indústria alimentícia, foi condenada na Justiça do Trabalho a pagar R$ 10 milhões de indenização por expor funcionários ao risco de contaminação por Covid-19. A irregularidade foi cometida na cidade de Rolândia, no Norte do Paraná.
A sentença, além do valor da indenização, obriga a empresa a adotar várias medidas para evitar o contágio e contaminação da doença, como distanciamento social, realização de testes, fornecimento de mascar PFF2 ou N95, para seus trabalhadores.
Em nota, a empresa informou que adotou um grande protocolo durante a pandemia, além de ter investido R$ 323 milhões "em medidas, sistemas e processos de saúde e segurança em todas as suas instalações". A empresa vai recorrer da decisão em 1ª instância.
Contaminação
Segundo informações do Uol, a Seara teria descumprido seus próprios protocolos ao deixar de fornecer máscaras do tipo PFF2, tendo em vista que a perícia apontou “nos ambientes reportados com grande aglomeração, os trabalhadores utilizavam apenas máscaras de tecido”.
No relatório também foi informado que a Seara deixou de fazer testes na sua equipe, como também afastou funcionários contaminados por menos tempo do que o exigido pelas autoridades de saúde.
Juíza aponta omissão da Seara
No final, a juíza da ação argumentou que "a conduta omissiva e reiterada da ré pode contribuir para o adoecimento dos milhares de trabalhadores da unidade produtiva localizada nesta jurisdição, bem como de seus familiares e, por extensão, trazer riscos evidentes ao município".