Taxa de desemprego em PE é de 19,3%, a pior do país
Resultado se repete pela segunda vez consecutiva e acumula 6,7 pontos percentuais a mais que a média nacional
Mais uma vez, Pernambuco lidera o ranking de desemprego do Brasil, tendo taxa de 19,3% de desocupação, de acordo com os novos resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada nesta terça-feira (30) pelo IBGE. Apesar do recuo de 2,5% em comparação ao último trimestre monitorado pela mesma pesquisa, quando o desemprego marcou 21,8%, o estado segue em primeiro lugar da lista pelo segundo trimestre consecutivo. A média do Brasil é de 12,6%, 6,7 pontos percentuais a menos do que o registrado na localidade. Foram 806 mil pernambucanos em busca de emprego entre os meses de julho, agosto e setembro.
A redução é de 11%, ou cem mil desempregados a menos em relação ao trimestre anterior. O estado ainda se recupera do impacto que a pandemia teve no mercado de trabalho ao longo de 2020 e de 2021. No terceiro trimestre do ano passado, a taxa de desocupação havia sido a mesma do terceiro trimestre deste ano: 19,3%.
Enquanto isso, o número de pessoas ocupadas em Pernambuco subiu de três milhões e 259 mil pessoas no segundo trimestre deste ano para três milhões e 374 mil trabalhadores no terceiro trimestre, o que equivale a um aumento de 3,6%, ou 116 mil pessoas a mais. Com relação ao mesmo período de 2020, o avanço na população ocupada, seja formalmente ou informalmente, foi de 13,6%.
Mais da metade da população ocupada de Pernambuco está na informalidade, Pernambuco também observou um pequeno avanço na taxa de informalidade, que foi de 52,2% da população ocupada no 3º trimestre de 2021, frente a 51,2% no trimestre anterior. O percentual equivale a 1 milhão e 760 mil pessoas, deixando o estado em oitavo lugar nacional no ranking dos informais. O Brasil, por sua vez, tem uma taxa de informalidade mais de dez pontos percentuais mais baixa: 40,6%.
O número de empregados do setor privado cresceu 7,3% no acumulado de julho, agosto e setembro frente ao trimestre anterior, chegando a 1,5 milhão de pessoas, um saldo de 103 mil pessoas a mais. O maior impacto no mercado de trabalho ficou com os trabalhadores sem carteira assinada, que aumentaram 11,3% entre o segundo e o terceiro trimestres de 2021, chegando a 546 mil pessoas. A atividade econômica que mais absorveu esses trabalhadores foi o comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, cujo contingente de trabalhadores aumentou 11,6%, passando de 648 mil para 724 mil pessoas. Além disso, o rendimento médio real habitual de todos os trabalhos das pessoas ocupadas em Pernambuco foi de R$ 1.715, o menor desde 2018.
Para o cálculo da proxy de taxa de informalidade da população ocupada são consideradas as seguintes populações: empregado no setor privado sem carteira de trabalho assinada; trabalhador doméstico sem carteira de trabalho assinada; empregador sem registro no CNPJ; trabalhador por conta própria sem registro no CNPJ; trabalhador familiar auxiliar.