MPPE pede que PM evite excessos no próximo ato no Recife
O promotor responsável pela recomendação também indica que os policiais devem expor a identificação funcional em local visível
Após a operação truculenta que deixou dois homens com a visão comprometida, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) recomendou que a Polícia Militar (PM) evite novos excessos, sobretudo o emprego de armas letais e não letais, no próximo ato contra o presidente Jair Bolsonaro marcado para o sábado (19).
Na orientação, o promotor Westei Conde y Martin Júnior ressalta os "nefastos resultados" causados pela PM na tentativa de dispersar a manifestação pacífica do último dia 29. Ele classificou a atuação dos agentes de segurança pública como "ilegal e arbitrária".
Vale destacar que a vereadora e líder da bancada do PT na Câmara do Recife, Liana Cirne, foi ataca com spray de pimenta no rosto e deixada desacordada na Ponte Princesa Isabel por policiais do Batalhão de Choque.
Outra indicação do MPPE para o próximo ato foi que os policiais utilizem a identidade funcional "em local visível no uniforme operacional e nos coletes balísticos por parte de todo efetivo".
O promotor lembra que o dever da Polícia é preservar a ordem pública, mas não pode omitir direitos pessoais, como o direito à vida, à liberdade, à integridade física e psicológica, bem como à liberdade de expressão, manifestação do pensamento e de reunião pacífica em locais abertos.