'Floyd estaria vivo se acatasse a polícia', diz professora
Ela foi afastada após dizer aos estudantes que George Floyd ainda estaria vivo se tivesse seguido as ordens da polícia
Uma professora do Ensino Médio no Alasca, nos Estados Unidos, foi afastada após dizer aos estudantes que George Floyd ainda estaria vivo se tivesse seguido as ordens da polícia. George Floyd foi estrangulado e morto por um policial branco em maio de 2020, o que culminou em uma série de manifestações nos Estados Unidos contra a violência direcionada à população negra do país. Em abril, o agora ex-policial Derek Chauvin foi condenado pelo assassinato de Floyd.
O vídeo com a declaração foi publicado no YouTube na última semana. Ela comenta que Derek Chauvin abusou de sua autoridade e foi cúmplice na morte de George Floyd.
Em seguida, ela afirma: "Mas se George Floyd tivesse, no começo quando eles o tiraram do carro e foram colocá-lo no carro da polícia, se ele apenas tivesse entrado no carro e os deixado colocar suas pernas para dentro, ele ainda estaria vivo hoje e vocês sabem que é verdade."
A educadora continua: "Se os policiais vêm e dizem 'eu estou te levando preso', então você coloca suas mãos para trás, entra no carro da polícia e você vai e liga para seus pais quando eles derem teu telefonema. Isso é o que você faz para ficar vivo. Todo mundo, branco, preto, marrom. Eu não me importo com qual é a sua cor. Nada disso faz diferença. Você obedece, você faz o que eles dizem."
Mais à frente, a professora fala como se vestir para evitar atrair a atenção dos policiais. "Observem como vocês se vestem. Vocês se vestem bem. Vocês não se parecem com bandidos, não estão com as calças na altura dos joelhos".
A mulher é confrontada por uma pessoa que diz estar um pouco desconfortável com a insinuação de que a forma como as pessoas se vestem influencia na postura da polícia. "A polícia deveria ser treinada para não julgar pessoas baseadas nesses fatores e se alguém tem as calças na altura do joelho não significa que ela é criminosa", rebateu. A educadora, então, responde que "se as pessoas obedecerem a polícia, elas vão ter muito menos chance de ser morta pela polícia."
A diretora da escola classificou as declarações da professora como "racialmente insensíveis". A professora foi colocada em licença administrativa após o ocorrido.