EUA incluem Nicarágua em lista de tráfico de seres humanos
Washington também acrescentou à relação Afeganistão, Argélia e Lesoto
Os Estados Unidos incluíram a Nicarágua na lista negra do tráfico de seres humanos, ao apresentarem, nesta quinta-feira, seu relatório anual, em que alertaram que a instabilidade provocada pela pandemia levou a um aumento desta prática ilegal.
Washington também acrescentou à lista Afeganistão, Argélia e Lesoto. Considera-se que os países que constam da lista não fazem o suficiente para combater o problema.
"Apesar de a urgência sempre ter marcado a luta contra o tráfico de pessoas, as implicações da pandemia aumentaram a necessidade de que todas as partes interessadas trabalhem juntas, mais do que nunca, na luta para frear este delito", diz Pompeo, chefe da diplomacia americana, na introdução do relatório. "Sabemos que os traficantes de pessoas se aproveitam dos mais vulneráveis e buscam oportunidades para explorá-los."
Pompeo assinala que "a instabilidade e a falta de acesso a serviços críticos ocasionadas pela pandemia fazem com que o número de pessoas vulneráveis à exploração pelos traficantes cresça rapidamente".
A inclusão na lista negra pode levar a sanções. Os Estados Unidos podem limitar ou retirar sua ajuda às nações designadas em instituições internacionais, como o Fundo Monetário Internacional.
Os quatro países somados à lista se unem aos outros 15 que constam da mesma, entre eles China, Irã, Coreia do Norte, Rússia, Síria e Venezuela. Em um movimento inesperado, a Irlanda foi incluída na lista de vigilância de Nível 2, assim como Hong Kong.