Adolescentes da Funase fazem videochamada com familiares

Ligações telefônicas supervisionadas também foram intensificadas

ter, 07/04/2020 - 13:18
Divulgação/Funase Jovens privados de liberdade estão sem receber visita devido à pandemia do novo coronavírus Divulgação/Funase

Adolescentes e jovens privados de liberdade em unidades da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) estão usando videochamadas para conversar com familiares em Pernambuco. Ligações telefônicas supervisionadas também foram intensificadas. 

As medidas estão autorizadas desde que passaram a vigorar restrições à entrada de pessoas nas unidades socioeducativas do Estado. No último dia 3, a Funase suspendeu temporariamente o acesso de visitantes enquanto durar o período de emergência em saúde pública devido ao novo coronavírus.

Nesta terça-feira (7), oito adolescentes do Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) Caruaru, no Agreste, conversaram com familiares à distância durante um curso de informática. 

"Na atividade de hoje, está ocorrendo esse contato de forma aliada ao conteúdo profissionalizante. E nos últimos dias, nas chamadas já realizadas, o resultado também foi muito bom. Tivemos o caso de um jovem que preferia que a filha pequena não fosse trazida à unidade no período de visitas e que pôde vê-la em videochamada, após algum tempo. Ele falou de como ela está crescendo. Foi emocionante", disse o coordenador geral do Case Caruaru, Ramon Melo. 

Segundo a superintendente da Política de Atendimento da Funase, Íris Borges, a possibilidade de uso de meios de comunicação distintos do telefone fixo, que sempre foi utilizado, está prevista em portaria conjunta da Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude (SDSCJ) e da Funase. Ela também explica que, antes da suspensão temporária da entrada de visitantes na instituição, os socioeducandos passaram por momentos educativos sobre a importância da medida para eles e para os próprios familiares, bem como sobre a adoção de hábitos de prevenção ao novo coronavírus em alojamentos e áreas de convivência.

"Neste momento de pandemia, mesmo quem não está privado de liberdade tem sentido a falta de pessoas queridas, o que não é diferente para os adolescentes e jovens que estão em internação ou internação provisória. Para suprir ausências, estamos buscando formas de assegurar que o contato familiar aconteça de modo mais intenso e diferenciado, por meio da possibilidade de uso de ferramentas digitais de forma supervisionada, sem desrespeito às normas de segurança do sistema socioeducativo", ela explicou.

A distribuição de equipamentos de proteção individual continua na Funase. Depois do Centro de Internação Provisória (Cenip) Caruaru, que chegou a fabricar cerca de 400 máscaras para uso em 15 unidades socioeducativas, outros espaços da instituição se somaram ao esforço de produção. A Casa de Semiliberdade (Casem) Areias e o Case Santa Luzia, por exemplo, devem viabilizar a confecção de mais de 3,4 mil unidades para atender servidores e socioeducandos com sintomas gripais.

Com informações da assessoria

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