Enfermeiros continuam em greve e podem voltar com bloqueio

Categoria ainda não foi notificada sobre suspensão da paralisação. Presidente do sindicato prometer manter bloqueio da Agamenon Magalhães mesmo depois de cumprir ordem

por Jameson Ramos qui, 13/02/2020 - 19:56
Júlio Gomes/LeiaJá Imagens Fim de semana pode ser intenso Júlio Gomes/LeiaJá Imagens

Mesmo depois da determinação do Tribunal de Justiça de Pernambuco ordenando o fim da greve dos auxiliares e técnicos de enfermagem de Pernambuco, a categoria continua em protesto pelos seus direitos. Segundo o presidente do Sindicato Profissional dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem de Pernambuco (Satenpe), Francis Herbert, eles ainda não receberam a decisão judicial e, até segunda ordem, continuam com a paralisação. Os profissionais pedem por melhoria salarial e melhores condições de trabalho.

O presidente do sindicato afirma que nesta sexta-feira (14), será realizada uma assembleia no Hospital da Restauração, localizado na área central do Recife, para que a categoria possa definir os próximos passos. Francis salienta que se não forem notificados até esta sexta-feira (14), devem voltar com o bloqueio da Avenida Agamenon Magalhães, Centro do Recife, como fazem desde o último dia 30 de janeiro, quando deflagraram a greve.

Nesta última quarta-feira (12), quando o TJPE determinou o fim do protesto, policiais foram acionados para acabar com o bloqueio feito pela categoria na Avenida Agamenon Magalhães, área Central do Recife - até bala de borracha foi disparado para dispersar os protestantes.

“A gente está com um governo que se diz socialista e de repente solta o batalhão de choque em cima do trabalhador, pais e mães de família. É algo que não tenho nem palavras para descrever. Nós estamos buscando condições de trabalho e de repente recebemos aquela truculência”, aponta o presidente da Satenpe, que chegou a ser levado para a delegacia, mas liberado no mesmo dia.

Francis garante que, se a categoria for notificada, irá recuar porque “decisão judicial se cumpre”, mas vão tentar derrubar a liminar. “Nesse intervalo nós vamos nos movimentar. Se por acaso a coisa demorar a sair, vamos continuar com o movimento de rua com os profissionais que estarão de folga. O governo não nos cala mais”, frisa.

 

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