Atenta à saúde, mulher paraense vive mais que o homem

Números são de pesquisa do IBGE. Especialista reconhece a influência do fator genético, mas destaca a importância dos cuidados médicos e de hábitos saudáveis para a vida longa.

ter, 07/01/2020 - 13:56
Arquivo pessoal Raphael Pontes: mulheres são mais cautelosas Arquivo pessoal

No mês de novembro de 2019, o grupo Tábua da Mortalidade, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou por meio de pesquisa que a média de vida da população do Pará foi de 72,5 anos, em 2018. No cenário nacional, a longevidade dos paraenses é ultrapassada pela estimativa de vida dos catarinenses (com 79,7 anos), capixabas (com 78,8 anos) e paulistas (com 78,6 anos). Por outro lado, ficou à frente de Estados como Maranhão (71,1 anos), Piauí (71,4 anos) e Rondônia (71,7) - que possuem as piores estimativas.

Raphael Pontes, estudioso do campo da biomedicina e sócio-fundador da Rede Paraense de Parasitologia (RPP), pontua que a genética é um dos fatores que influenciam na qualidade do envelhecimento de cada um. Porém, ele acredita que hábitos positivos, como comer frutas e legumes, fazer exames rotineiros e exercitar a mente, vão ajudar as pessoas a chegarem numa boa velhice. 

Segundo a pesquisa, no ano de 2018, em média, a expectativa de vida para as mulheres paraenses foi de 76,7 anos, enquanto que para os homens foi de 68,7 anos.

Para o fundador da RPP, a diferença de idade é fruto das ações preventivas que as mulheres tomam com relação à sua saúde e bem-estar. Todavia, Raphael Pontes afirma que a conscientização da população masculina já está gerando resultados e deve ser continuada. “(A diferença) é na questão de cuidado e atenção. Quando uma mulher fica doente, ela vai logo ao médico verificar o que está acontecendo. Para um homem fazer isso é bem mais difícil. Ele prefere ficar sofrendo e com dor do que ir ao médico. Hoje em dia, ambos os sexos já possuem essa atenção. Contudo, as mulheres continuam sendo mais cautelosas”, disse. 

Raphael chama ainda atenção para a manutenção do calendário de vacinas e melhorias na infraestrutura e atenção à saúde em geral. “O que pode fazer melhorar, além da educação, seria trazer mais saneamento básico, que muitas regiões do Brasil não têm, e conscientizar as pessoas sobre outros cuidados, como prevenção a infecções sexualmente transmissíveis entre outros”, declarou.

Por Wesley Lima.

 

 

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