Preço dos cortes de frango e porco também sofrem aumento
A associação responsável projeta que os aumentos sigam até o primeiro semestre de 2020 e não estipulou quando o valor retornará aos praticados anteriormente
Como tentativa de driblar o aumento do preço da carne bovina, os brasileiros voltaram as atenções para os cortes de frango e porco. No entanto, a intensificação de exportações para o Oriente, sobretudo a China, também aumentou o valor das carnes tidas como alternativa. A expectativa da indústria é que os preços não retornem aos praticados no ano passado.
"Vai ser uma pressão [no preço] bem forte agora, nos períodos de festa de fim de ano, quando as pessoas consomem mais, compram mais para seus churrascos, suas festas, mas ela continua pelo menos até a metade do ano que vem", projeta o diretor-executivo da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) em entrevista ao Uol.
Para Ricardo Santin, o primeiro semestre de 2020 também será de alta. Ele reforçou o entendimento da ministra da Agricultura Tereza Cristina, que havia afirmado que o preço da carne bovina não retornaria ao nível anterior por conta da falta de reajuste nos últimos três anos.
Um levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da USP comparou a variação entre outubro e novembro. Em São Paulo, o preço do boi gordo teve um aumento médio de 35,5%; seguido pelo frango congelado com 17,8%, e pelo porco, que alcançou 13,3%.