SP: Falso médico é preso e clínica clandestina desativada

Local foi descoberto durante uma operação que visava o fechamento de um local onde se praticavam jogos de azar; instrumentos cirúrgicos e medicamentos irregulares também foram apreendidos

por Alex Dinarte sex, 29/11/2019 - 15:05
Polícia Civil Medicamentos utilizados pelo falso médico não são regulamentados para uso no Brasil Polícia Civil

Uma ação da Polícia Civil de São Paulo, voltada a desabilitar um imóvel utilizado para a prática de jogos de azar, deteve um falso médico e fechou uma clínica clandestina no bairro do Pari, no centro da cidade. Além do farsante, instrumentos cirúrgicos e medicamentos irregulares também foram apreendidos. Segundo a polícia, os indícios apontam que abortos ilegais eram realizados no primeiro andar do prédio.

A suposta casa de jogos de azar, no terceiro andar do edifício, estava trancada. Com isso, as equipes da polícia decidiram vistoriar os demais ambientes do local. Logo no primeiro pavimento, os agentes encontraram a falsa unidade médica e o impostor, um massagista de nacionalidade chinesa. Além do homem, uma cadeira para exame ginecológico e medicamentos oriundos do continente asiático foram localizados.

As substâncias não têm autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para serem utilizadas no Brasil. Junto aos compostos químicos, a Polícia Civil apreendeu agulhas, pinças, bisturis, aventais cirúrgicos, materiais para curetagem e fichas de pacientes.

Ainda de acordo com os policiais, nas dependências da clínica clandestina era perceptível um odor forte de urina em um dos cômodos, o que fez com que os agentes acreditassem que os abortos ilegais eram praticados no ambiente. Em outra sala, uma das vítimas do falso médico foi flagrada enquanto tomava medicação. A mulher, que alegou não se sentir bem pós-procedimento, procurou ajuda do falso médico. Segundo a paciente, a consulta e o medicamento diluído em soro custaram R$ 180.

O homem, que não tem registro para atuar como médico, foi preso em flagrante. O acusado foi indiciado por exercício ilegal da medicina e falsificar, corromper, adulterar ou alterar produtos terapêuticos e medicinais.

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