Uruguai participará de missão política na Venezuela
O vice-ministro, Ariel Bergamino, será o representante uruguaio do Grupo Internacional de Contato (GIC)
O ministro das Relações Exteriores do Uruguai, Rodolfo Nin Novoa, disse que o país participará de uma missão à Venezuela para encontrar soluções para a crise humanitária. O chanceler uruguaio disse que o país "está trabalhando intensamente na busca de entendimentos" e que a missão pode resultar em "novidades" nos próximos dias.
O vice-ministro, Ariel Bergamino, será o representante uruguaio do Grupo Internacional de Contato (GIC), que levará uma proposta à Venezuela. O grupo, do qual fazem parte oito países da União Europeia (França, Alemanha, Itália, Países Baixos, Portugal, Espanha, Suécia e Reino Unido) e mais três países da América Latina (Uruguai, Equador e Costa Rica), se reuniu no início do mês de maio e emitiu uma declaração, na qual afirmava apoiar uma missão política ao país, com objetivo de apresentar e discutir opções concretas para uma solução pacífica e democrática.
Comércio exterior
Durante um evento de comemoração do aniversário de 190 anos da diplomacia uruguaia, o chanceler disse que o país tem levado adiante uma política exterior de consenso e "diálogo com todos os atores". Em seu pronunciamento, destacou os esforços da diplomacia para inserir o Uruguai no mundo com negociações comerciais com 35 países.
O presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, esteve presente no evento em que Novoa disse que muitos países veem o Uruguai como uma nação "pacífica e democrática, firme na defesa dos direitos humanos, protetora da soberania das nações e do princípio de autodeterminação dos povos e que contraria a ingerência estrangeira nos assuntos internos dos países, sendo propenso sempre aos acordos e entendimentos como via idônea da resolução pacífica das controvérsias nacionais e internacionais".
Novoa disse que 2019 é ano eleitoral no Uruguai e, mesmo assim, nenhum candidato presidencial se mostrou disposto a mudar o rumo da diplomacia em matéria comercial. “Isso nos enche de orgulho, porque tentamos levar adiante uma política de consenso. Ao mesmo tempo, temos grande satisfação de que o próximo governo chegará a tempo para colher o fruto do trabalho realizado esses anos", disse.