Paciente aguarda há uma semana por leito no Getúlio Vargas

Família do paciente, recém-operado, procurou LeiaJá depois ser orientada pelo hospital a entrar em contato com a ouvidoria da Secretaria de Saúde, que demora 30 dias para dar retorno

por Marília Parente sab, 16/02/2019 - 17:47
. Familiares estão revoltados com a situação do paciente .

Há mais de uma semana, Sidney Lopes de Brito, de 45 anos, está acomodado em um dos corredores do Hospital Getúlio Vargas, no Recife, com uma infecção bacteriana. O paciente, que também sofre de diabetes, tenta se recuperar de um procedimento cirúrgico e já enfrentou uma tentativa malsucedida de transferência para um hospital em Jaboatão dos Guararapes. Sem respostas da administração do Getúlio Vargas sobre a acomodação de Sidney em ambiente adequado, a família foi apenas orientada a denunciar a situação na ouvidoria da Secretaria de Saúde do Estado, que demora cerca de trinta dias para dar retorno.

“Outros pacientes estão no mesmo corredor, correndo sério risco. A equipe médica não se pronuncia. Ele está com muita dor no local da cirurgia e febre”, afirma Jeovane Cipriano, sobrinho de Sidney. Através de imagens enviadas pela família ao LeiaJá, é possível ver que o paciente precisa dividir o espaço da maca com sacolas. 

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Por meio de nota, a assessoria de imprensa da Secretaria de Saúde declarou: “O Hospital Getúlio Vargas (HGV) reconhece a alta demanda de pacientes na unidade, referência para diversas especialidades, como traumato-ortopedia, cirurgias geral, bucomaxilofacial e vascular e que recebe a população de todo o Estado. É oportuno lembrar que o hospital está funcionando em sua plena capacidade e não recusa atendimento, garantindo a assistência a todos que dão entrada nas emergências, com prioridade para os casos mais graves, com risco de morte, conforme avaliação médica”.

A instituição, contudo, não respondeu se possui leitos suficientes para atender à sua demanda, mas informou que “tem trabalhado para qualificar a assistência aos pacientes, agilizando atendimentos, exames e procedimentos para dar maior rotatividades aos seus leitos". "Diariamente, pacientes são transferidos para hospitais de convênio e para os leitos de enfermaria do próprio hospital de acordo com a disponibilidade de leito, perfil clínico do paciente, gravidade e tempo da admissão”, informou a Secretaria de Saúde. Sobre o caso de Sidney, a pasta afirmou apenas que “o paciente está sendo acompanhado diariamente pela equipe de cirurgia geral, realizando os exames necessários para o monitoramento do quadro clínico e fazendo o uso de medicamentos”.

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