Começa demolição de ponte que desabou em Gênova
Para os investigadores, a ponte desabou em boa parte devido à corrosão dos cabos de aço, que não puderam ser vistos por estarem cobertos por concreto
A complexa demolição da ponte Morandi, em Gênova, que colapsou matando 43 pessoas em agosto do ano passado, começou nesta sexta-feira, com o desmantelamento do bloco de quase 40 metros.
Milhares de toneladas de aço, concreto e asfalto foram removidas da área onde o viaduto desabou, arrastando veículos e passageiros, incluindo vários turistas estrangeiros e quatro crianças.
"Este é um dia muito importante, representa o primeiro passo de um caminho que esperamos seja o mais curto possível", anunciou o primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte.
Para os investigadores, a ponte desabou em boa parte devido à corrosão dos cabos de aço, que não puderam ser vistos por estarem cobertos por concreto.
É um momento simbólico e muito aguardado pelos genoveses, porque o viaduto de mais de um quilômetro foi sua principal via de comunicação.
Em Roma, o Ministério da Economia aprovou o gasto de 60 milhões de euros para sua reconstrução.
A ponte Morandi, batizada em homenagem ao arquiteto que a projetou na década de 1960, foi por muito tempo considerada uma obra-prima, embora tenha levantado críticas pelos problemas estruturais que apresentava.
A construção do novo viaduto, avaliada em 202 milhões de euros, será realizada por um grupo de empresas que incluem a Salini-Impregilo, a Fincantieri e a Italferr.
O novo viaduto será inaugurado em abril de 2020 sob pena de pesadas sanções caso os prazos não sejam cumpridos.