Polícia conclui que Moa foi morto por motivação política
O mestre de capoeira e compositor Romualdo Rosário da Costa, 63 anos, conhecido como Moa do Katendê, foi morto no dia 7 de outubro, dia do primeiro turno das eleições
O mestre de capoeira e compositor Romualdo Rosário da Costa, 63 anos, conhecido como Moa do Katendê, foi morto por motivação política. É o que aponta a conclusão do inquérito do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). O material já foi encaminhado para o Ministério Público da Bahia. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Estado apontou que uma discussão político-partidária resultou no assassinato de Moa. O barbeiro Paulo Sérgio Ferreira de Santana, de 36 anos, confessou o crime.
A vítima foi esfaqueada após ter admitido votar no PT e ser contrário ao candidato Jair Bolsonaro, do PSL. O crime aconteceu no domingo (7), dia do primeiro turno das eleições. Segundo a SSP, Paulo chegou em um bar, na localidade do Dique Pequeno, bairro do Engenho Velho de Brotas, e se envolveu em uma discussão com Moa do Katendê. “Após desentendimento, o autor da agressão saiu do estabelecimento, buscou uma arma branca, na sua residência, e retornou ao bar. No local, Paulo deu facadas, nas costas de Romualdo, que estava sentado, e um golpe com a mesma arma branca, no braço de Germínio”, diz a nota da secretaria.
Moa do Katendê morreu no local. No Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Paulo Sérgio disse que foi xingado e que estava consumindo bebida alcoólica desde o início da manhã de domingo. Em depoimento, ele confessou estar arrependido.