DMRI: principal causa da perda da visão após os 50 anos
Especialistas atentam para o cuidado com a Degeneração Macular Relacionada à Idade, que pode ser causada por má alimentação e exposição excessiva à luz solar, entre outras coisas
A chegada da idade avançada traz uma série de alterações físicas e mentais no organismo. Mas especialistas do Hospital de Olhos de Pernambuco (HOPE) atentam para um cuidado que nem sempre vem em primeiro lugar na preocupação das pessoas: a saúde dos olhos. Esta também passa por um processo de desgaste com o passar dos anos, a exemplo da Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI), que é hoje a principal causa de perda da visão após os cinquenta anos.
A DMRI é uma degeneração da mácula, uma pequena área localizada na porção central da retina, que contém a maior densidade de fotorreceptores e é responsável pela percepção de detalhes. Segundo o oftalmologista do HOPE, Felipe Patriota, ela é causada por depósitos de restos celulares, chamados drusas. "Estas drusas podem destruir os fotorreceptores e provocam proliferação anormal de vasos sanguíneos sob a retina. A partir daí, aparecem cicatrizes que afetam a integridade da mácula e comprometem a visão central e a capacidade de distinguir cores”, explica.
A degeneração macular pode vir de duas formas: atrófica ou seca, quando evolui lentamente e provoca perda gradual da visão; ou úmida, quando se instala abruptamente e pode provocar perda total da visão. Alguns fatores de risco aumentam a probabilidade do surgimento da DMRI, como exposição à luz solar, predisposição genética, hipertensão, obesidade, ingestão de grandes quantidades de gorduras vegetais e dietas pobres em frutas, verduras e zinco. Fumantes ativos e passivos também estão mais sujeitos. “Um dos detalhes importantes da doença é que pessoas brancas são mais afetadas do que os negros ou pardos”, afirma Patriota.
Na fase inicial do problema, a perda visual não é muito perceptível, mas logo em seguida começam a aparecer os sintomas. Visão borrada, pontos luminosos, manchas no centro da visão, dificuldade de adaptação ao escuro e diminuição da sensibilidade aos contrastes de luz são alguns. O diagnóstico só pode ser feito por meio do oftalmologista com o exame da retina, além de outros mais específicos como a retinografia, a angiofluoresceinografia e a tomografia de coerência óptica.
Quando diagnosticada no começo, o tratamento pode ser somente com regime alimentar ou com medicações que possuem vitaminas especificas para evitar essa destruição dos fotorreceptores. “Nas fases mais avançadas da doença, deve ser feita a aplicação de uma medicação diretamente no olho, os antiangiogênicos”, conclui.
Com informações da assessoria.