Ancelotti e outros 3: Ronaldo cita nomes para a seleção
O ex-atacante também disse o que faltou para que a seleção brasileira passasse pela Croácia
Após soltar o nome de Fernando Diniz como um de seus prediletos para assumir a seleção brasileira e ver a repercussão que causou, Ronaldo Nazário, o "Fenômeno", resolveu dar uma entrevista coletiva sobre este e outros assuntos. Na conversa, o ex-atacante falou sobre a possibilidade de um estrangeiro assumir o comando da Amarelinha, entre eles, o italiano Carlo Ancelotti.
Ronaldo se disse a favor da chegada de algum nome estrangeiro, caso a CBF opte por isso, mas reforçou a preferência pelo técnico do Fluminense, caso o treinador seja brasileiro.
"Não sustento tabu de que um estrangeiro não poderia contribuir. Temos que discutir os nomes. Tem grandes nomes internacionais na mesa e as opções brasileiras não vejo muitas. O Diniz é um dos nomes que me agrada muito. A escolha do treinador vem de um conceito de como que a CBF que seleção jogue. Você tem o Ancelotti (Real Madrid), Abel Ferreira (Palmeiras), Mourinho (Roma). Eu apoiaria nome estrangeiro também. Nã0 ganhamos título há 20 anos, então o momento é propício para arriscar e trazer uma novidade. Só espero que não pensem no Pesolano, por favor", brincou Ronaldo, sobre o treinador uruguaio do Cruzeiro.
Desempenho da seleção na Copa de 2022
Segundo Ronaldo, a gestão e logística que a CBF montou para a Copa foi "extremamente positiva", mas alguns erros foram cometidos na parte tática de alguns jogos e, principalmente, no jogo da eliminação para a Croácia..
"Tenho que ser justo. toda a gestão, logística, foi extremamente positiva. Jogadores tiveram a privacidade que precisavam, mas teve o tempo de atender a imprensa e de estar próximo da família", iniciou.
"Faltou aquela malandragem. Para segurar o jogo, que estava decidido. Uma vez que você faz o gol, o jogo tem que estar acabado. A seleção tinha que ter segurado a bola, nao arriscar tanto. Fazer com o que nada tivesse acontecido naquele jogo. Tivemos muitos legados bons, mas por um pequeno detalhe acabamos eliminados", disse.
Ronaldo ainda rebateu quem criticou a ordem da cobrança dos pênaltis, que para muitos deveria ter sido iniciada com Neymar.
"Não dá para chegar para um jogador e dizer que ele não vai bater, tirar a confiança dele. Quem fala de ordem das cobranças, não entende a dinâmica de um grupo", disparou.
Tristeza e saúde mental
Ao falar sobre a decepção demonstrada por Neymar e outros atletas, Ronaldo defendeu que os jogadores sejam melhor assisitidos quanto à saúde mental.
"Entendo o momento que todos estão passando. É normal estar deprimido, triste, talvez sem vontade de jogar, sem planejar nada para o futuro. Mas a decepção há de ser temporária. E isso reforça a necessidade do acompanhamento saúde mental dos nossos atletas. Muito importante tocar nesse assunto. Existe ajuda e eles precisam disso para aguentar essa pressão", afirmou.
Ronaldo na CBF?
Ex-jogador e atual comentarista da ESPN, Zinho perguntou se Ronaldo aceitaria trabalhar na CBF, acumulando com as presidências do Cruzeiro e do Valladolid da Espanha.
"Eu estarei sempre à disposição da CBF e da seleção brasileira. Não contratualmente, por minhas funções no Cruzeiro e Valladolid. Seria um conflito de interesses. Eu nao posso assumir (cargo). Mas estarei sempre a disposição para qualquer tipo de ajuda, para estar próximo, para visitar, para opinar", explicou.
Sobre isso, a imprensa quis saber se ele havia sido consultado sobre o novo técnico da seleção, o que ele negou.
"Não pediram minha opinião e não posso dar, porque esse processo de selecionar é muito complexo. Não depende de uma escolha simples", disse Ronaldo.