Atletas usam mundiais para se preparar para Tóquio
Apoio à delegação de alto rendimento vem por meio do Bolsa Atleta do Ministério do Esporte
Treinamentos de segunda a sexta-feira, durante toda a manhã. Séries de musculação e supino. Essa é a rotina da halterofilista Mariana D'Andrea, que integra as equipes de base da modalidade e representa o País em competições mundiais. Com apenas 19 anos, a paratleta já participou dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro e agora está de olho em uma vaga para Tóquio.
Mesmo faltando dois anos para o início da competição, os atletas e paratletas brasileiros já estão em contagem regressiva para os Jogos. "Todo atleta sonha em conquistar uma medalha de ouro. Vou dar o meu melhor para ver se a gente consegue", afirma Mariana.
Mariana é uma dos 7.586 atletas que recebem o Bolsa Atleta para ter condições de treinar. Esse é o maior programa de patrocínio individual do mundo. O investimento de R$ 125,7 milhões beneficia 291 esportistas na categoria Pódio, que abrange os 20 melhores atletas de suas modalidades no mundo. Estes recebem bolsa de R$ 5 mil a R$ 15 mil.
"É uma ajuda muito grande. Sem isso, não teria como a gente treinar, a gente gasta muito com equipamentos, suplementos, uniformes. Sem essa ajuda, não teria como", afirmou a paratleta. Cerca de 77% da delegação brasileira na última Olimpíada recebeu o aporte.
Além disso, o Time Brasil também pode aproveitar os equipamentos construídos para a Olimpíada do Rio e que ficaram de legado para o esporte nacional. É o caso de Centros de Treinamento (CTs) espalhados pelo País. O CT paralímpico oferece estrutura de ponta para 15 modalidades.
Assim como no caso de Mariana, que disputou o Mundial de Halterofilismo, os demais atletas tem participado de competições internacionais para a aclimatação. Representantes do pentatlo moderno, por exemplo, estão a caminho da Bolívia.
Outro apoio à preparação virá no ano que vem, com a seleção de projetos para o desenvolvimento de esporte de alto rendimento. O Ministério lançou uma chamada pública de R$ 7 milhões para o treinamento dos atletas.
O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) também já definiu seis bases de treinamento na capital japonesa, onde os atletas irão treinar. Está prevista a instalação de um refeitório com comida brasileira para os esportistas.