Velódromo mais rápido do mundo reabre neste fim de semana
Local está sob responsabilidade da AGLO, criada para implementar o Plano de Legado dos Jogos Rio 2016
O mais importante centro de excelência do ciclismo de pista do Brasil está novamente de portas abertas para competições. Quase nove meses após as últimas disputas de medalhas nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, o Velódromo do Parque Olímpico da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, recebe neste fim de semana o Rio Bike Fest, um evento completo, que traz sprints em diversas categorias, uma feira de produtos ciclísticos, apresentações de BMX freestyle e ainda uma confraternização com milhares de ciclistas amadores, em forma de um passeio ciclístico de 20km.
A competição ficará por conta do Campeonato Estadual de Pista, organizado pela Federação de Ciclismo do Estado do Rio de Janeiro (FECIERJ). Os atletas treinam nesta sexta-feira (26.05) e pedalam para valer a partir das 8h de sábado e de domingo (27 e 28.05). Os destaques da lista de inscritos são Gideoni Monteiro (medalhista pan-americano em Toronto-2015 e único brasileiro a disputar provas do ciclismo de pista nas Olimpíadas de 2016, depois de uma ausência de 24 anos do Brasil nas pistas olímpicas) e Lauro Chaman (medalhista de prata na prova de estrada C4-5 e de bronze no contrarrelógio de estrada C5 dos Jogos Paralímpicos Rio 2016; na pista, chegou em quarto lugar na perseguição individual 4000m C5). Além de contar pontos para o ranking estadual, a competição pontua no ranking nacional de pista.
Embora a competição oficial só ocorra a partir deste sábado, desde o início do mês, ciclistas federados já vêm treinando no Velódromo Olímpico. O equipamento está sob gestão da Autoridade de Governança do Legado Olímpico (AGLO), que cedeu o espaço à FECIERJ. Os treinos são realizados às terças, quintas e sábados. O local conta com socorristas de plantão nos horários dos treinos, estacionamento, seguranças, banheiros e sala para guardar bicicletas. Para participar, é preciso frequentar uma clínica de ciclismo de pista ministrada pela federação. Mais informações podem ser obtidas no site www.fecierj.org.br
Foi na pista do Velódromo do Rio que 35 recordes olímpicos, paralímpicos e mundiais foram quebrados em agosto e setembro de 2016. Nos Jogos Olímpicos, o público acompanhou de perto o combate centímetro a centímetro dos maiores atletas da modalidade e a consagração dos britânicos Jason Kenny, Bradley Wiggins, Callum Skinner e Laura Trott, da alemã Kristina Vogel, da holandesa Elis Ligtlee e do italiano Elia Viviani.
Legado Olímpico
O Velódromo está sob responsabilidade da AGLO, criada para implementar o Plano de Legado dos Jogos Rio 2016 e gerir também as Arenas Cariocas 1 e 2 e o Centro Olímpico de Tênis. A pista de 250 metros do Velódromo é feita de pinho siberiano e foi desenhada pelo especialista alemão Ralph Schürmann. As placas e tesouras de madeira que dão suporte ao piso foram importadas da Alemanha. Foram utilizados cerca de 55 quilômetros de madeira e 94 treliças, além de 1,2 tonelada de pregos. O tipo de pinho utilizado é menos suscetível à umidade e ao calor, o que torna a pista mais durável.
Há uma semana, o Parque Olímpico recebeu a etapa carioca do Circuito Mundial de Vôlei de Praia, com ouros brasileiros tanto no feminino quanto no masculino nas quadras montadas no Centro Olímpico de Tênis. Em fevereiro, o local também havia sediado um evento de vôlei de praia.