Santos pede que Fifa suspenda Neymar por seis meses

Time paulista acusa jogador de infringir o artigo 62 do Código Disciplinar da Fifa, que trata de corrupção. O documento fala em "má fé" de Neymar e cita também violações ao Regulamento de Status e Transferência de Jogadores da Fifa, relacionado à quebra de contrato

qui, 15/10/2015 - 07:00
Chico Peixoto/LeiaJáImagens/Arquivo Chico Peixoto/LeiaJáImagens/Arquivo

O Santos pede que a Fifa suspenda o atacante Neymar por seis meses na ação cível e desportiva aberta pelo clube no início deste ano. O clube alega quebra de contrato na transferência para o Barcelona, mas o jogador rebate a acusação e entende que o time santista concordou com a sua saída. O Santos cobra um valor aproximado de 55 milhões de euros e não existe um prazo definido para a decisão da Fifa.

O Santos acusa Neymar de infringir o artigo 62 do Código Disciplinar da Fifa, que trata de corrupção. O documento fala em "má fé" de Neymar e cita também violações ao Regulamento de Status e Transferência de Jogadores da Fifa, relacionado à quebra de contrato. O artigo prevê compensações financeiras para o clube prejudicado e punição para o jogador.

A informação sobre o pedido de suspensão foi confirmada pela Agência Estado na noite desta quarta-feira. O presidente Modesto Roma Junior, que afirmou não estar "demandando contra o ídolo", mas "em prol do clube" no mês de maio, não quis comentar a ação.

Para Neymar, uma carta do ex-presidente Luis Álvaro de Oliveira Filho autoriza a negociação com o Barcelona em 2011. Além disso, afirma que a diretoria recebeu 17 milhões de euros por sua saída.

Neymar da Silva Santos, pai de Neymar, e a sua empresa, também foram processados pelo Santos, mas acabaram excluídos da peça judicial. A Fifa considerou não ter jurisdição para continuar com o procedimento e o processo ficou restrito a Neymar e ao Barcelona.

Nesta semana, a Justiça espanhola tenta ouvir os ex-­presidentes Luis Álvaro de Oliveira e Odílio Rodrigues sobre a polêmica venda de Neymar para o Barcelona. O juiz José de la Mata, da Audiência Nacional da Espanha, já enviou duas cartas rogatórias ao Brasil solicitando cooperação para que os ex­-dirigentes do Santos sejam interrogados.

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