Del Nero nega se licenciar da presidência da CBF
Dirigente reiterou que "cumprirá integralmente o mandato de quatro anos para o qual foi democraticamente eleito por federações e clubes"
Marco Polo Del Nero, presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), negou nesta quarta-feira, através de uma nota oficial no site da entidade, qualquer possibilidade de se licenciar do cargo. O cartola esclareceu que jamais cogitou ou externou a quem quer que seja a possibilidade de deixar o exercício da presidência da CBF.
Na nota oficial, o dirigente reiterou que "cumprirá integralmente o mandato de quatro anos para o qual foi democraticamente eleito por federações e clubes". A eleição aconteceu em abril deste ano.
Os boatos sobre uma possível licença de Del Nero apareceram depois da informação de que o deputado federal Marcus Vicente (PP-ES) poderia assumir a presidência da CBF e que, por isso, fez consulta à Comissão de Constituição de Justiça (CCJ) para esclarecer se poderia exercer ao mesmo tempo o mandato e a presidência da CBF. O relator Rubens Pereira Júnior (PC do B-MA) deu parecer favorável.
Mas na última terça-feira a CCJ adiou a decisão porque cinco deputados pediram vistas. A dúvida era porque haveria acúmulo de salários. Pedindo licença, Del Nero, na mira do FBI e alvo da CPI do Futebol, poderia escolher quem ficaria em seu lugar. Se renunciar, o cargo passaria para Delfim Peixoto, da Federação Catarinense de Futebol, seu adversário.
Desde a prisão de José Maria Marin na Suíça, no escândalo de corrupção envolvendo dirigentes da Conmebol e da Concacaf, o presidente da CBF tem evitado deixar o Brasil. O cartola não foi à Copa América, no Chile, à reunião do Comitê Executivo da Fifa, na Suíça, ao sorteio das Eliminatórias da Copa do Mundo, na Rússia, e aos amistosos da seleção nos Estados Unidos.