Vilanova deixa o Barcelona após nova recaída de câncer
O câncer encerrou a trajetória de Tito Vilanova à frente do Barcelona. Depois de sofrer com idas e vindas da doença, o treinador descobriu uma nova recaída e, por isso, decidiu deixar o cargo. O anúncio foi feito nesta sexta-feira pelo presidente do clube, Sandro Rosell, e o diretor esportivo Andoni Zubizarreta, em entrevista coletiva.
Vilanova foi diagnosticado com câncer na glândula parótida em novembro de 2011 e passou por uma cirurgia de quase dez horas para a retirada do tumor. Após superar a doença, ganhou aval médico para seguir trabalhando no Barcelona, onde ainda era auxiliar de Pep Guardiola. O médico do clube catalão, Ricard Pruna, chegou a dizer que via o comandante como "curado" do câncer.
No entanto, pouco mais de um ano depois, Vilanova foi submetido a exames que detectaram o reaparecimento do tumor, que, segundo ele, antes era "em lugar diferente e mais fácil de tratar". Após uma nova cirurgia no fim de 2012, o treinador recebeu alta e, novamente, havia a certeza de que estava curado.
Mesmo assim, Vilanova foi para os Estados Unidos, onde passou três meses em Nova York realizando tratamentos. Na época, foi substituído por seu auxiliar, Jordi Roura. O treinador retornou ao trabalho, mas a doença voltou a atacá-lo e, desta vez, ele optou por afastar-se do futebol.
Tito Vilanova começou a carreira no Barcelona, como auxiliar técnico das divisões de base. Ele chegou ao time principal na temporada 2008/2009, como braço direito de Pep Guardiola, e ficou nesta função até o fim da temporada 2011/2012, quando o treinador decidiu deixar o clube e Vilanova assumiu a responsabilidade de comandar a equipe.
Sob seu comando, o Barcelona chegou ao título do Campeonato Espanhol, mas demonstrou uma queda em relação do time de Guardiola. A equipe catalã decepcionou na Liga dos Campeões da Europa, não tanto pela queda nas semifinais, mas pela forma como foi eliminada: derrotas por 4 a 0, na Alemanha, e 3 a 0, na Espanha, para o Bayern de Munique.
Sem ele, o clube catalão pensa agora em um substituto. Jordi Roura, que comandou a equipe durante o afastamento de Vilanova, seria o candidato natural, mas órgãos da imprensa espanhola já noticiam que Joan Francesc Ferrer, recém-incorporado à comissão técnica do Barcelona, seria o escolhido.