Confira livros para celebrar os 100 anos da Semana de 22
Obras são leituras obrigatórias para conhecer mais a respeito da Semana de Arte Moderna
O centenário da Semana de Arte Moderna, realizada no palco do Theatro Municipal de São Paulo, em fevereiro de 1922, com participação de Mário e Oswald de Andrade, Di Cavalcanti, e outros artistas, têm movimentado o mercado editorial brasileiro. Confira a lista de livros que tratam da importância da Semana de Arte Moderna:
"A brasilidade modernista: sua dimensão filosófica" de Eduardo Jardim. Editora: Ponteio Edições e Editora PUC-Rio. Lançado originalmente em 1978, a obra tornou-se um clássico ao relacionar o modernismo a debates intelectuais que remontavam ao século XIX. Professor da PUC-Rio, Eduardo Jardim, resgata a figura de Graça Aranha, apoiador da Semana, e discute a "brasilidade" modernista segundo as vertentes "analíticas", proposta por Mário de Andrade, e a "intuitiva", defendida por Oswald de Andrade e.
"É apenas agitação" de Nélida Capela. Editora: Telha. O livro reúne 10 entrevistas concedidas a Peregrino Júnior e publicadas no carioca O Jornal em 1926. Na Academia Brasileira de Letras comentavam a Semana de Arte Moderna de 1922. Alguns comemoravam a ousadia dos paulistas, capazes de mexer na arte nacional. Já outros reduziam o movimento à "agitação" inconsequente.
"Inda bebo no copo dos outros: por uma estética modernista" de Mário de Andrade. Organização: Yussef Campos. Editora: Autêntica. "Bem poderíamos em 2022 celebrar o 1º Centenário de nossa independência literária", escreveu Mário de Andrade na revista Klaxon, em 1922. Este é um dos textos que integram "Inda bebo no copo do outros", reunião inédita de artigos publicados pelo autor de "Macunaíma" em jornais, revistas e livros, antes e depois da Semana, sobre a renovação estética proposta pelo modernismo.
"Modernismo em preto e branco: arte e imagem, raça e identidade no brasil, 1890-1945" de Rafael Cardoso. Editora: Companhia das Letras. No livro, o historiador da arte questiona a associação do modernismo a um grupo paulistano e reivindica a modernidade de manifestações da cultura de massas, como a imprensa ilustrada, a publicidade, a música popular e até o Carnaval.
"O guarda-roupa modernista" de Carolina Casarin. Editora: Companhia das Letras. Nesta pesquisa, Carolin Casarin analisa os ideais e as contradições do modernismo a partir do figurino do casal da arte brasileira: a pintora Tarsila do Amaral e o poeta Oswald de Andrade.
"Semana de 22: antes do começo, depois do fim" de José de Nicola e Lucas de Nicola. Editora: Estação Brasil. Em "Semana de 22", livro caprichosamente ilustrado, o especialista em literatura José de Nicola e o historiador Lucas de Nicola, pai e filho, traçam as origens e apresentam os desdobramentos da Semana de Arte Moderna.
Por Camily Maciel