Disney e CBS são processadas por assédio sexual em série
Processo contra os estúdios foi movido pelo Estado da Califórnia
A Califórnia processou a Disney e a CBS por supostamente encobrir 14 anos de assédio sexual contra homens da equipe de produção da série policial "Criminal Minds", infomaram autoridades nesta terça-feira(26).
Um processo movido em Los Angeles alega que Gregory St. Johns abusou de sua posição como diretor de fotografia para apalpar repetidamente funcionários e retaliar aqueles que rejeitaram seus avanços.
St. Johns tocou vários homens em suas genitálias e "beijou ou acariciou seus pescoços, ombros e ouvidos" em um padrão de comportamento "desenfreado, frequente e aberto", alega.
"O processo alega ainda que a equipe de produção executiva teve conhecimento e apoiou a conduta ilegal, demitindo vários funcionários que resistiram ao assédio de St. John", segundo um comunicado do Departamento de Emprego Justo e Habitação(DFEH).
St. Johns foi afastado do programa depois que a revista Variety publicou um artigo em 2018 detalhando as acusações.
O DFEH começou a investigação em março do ano passado. O departamento, que fiscaliza a aplicação das leis de direitos civis na Califórnia e suas violações, incluindo o assédio no local de trabalho, agora está buscando indenizações para as vítimas.
Além de processar os gigantes estúdios de Hollywood, os autos também colocam vários produtores individuais como réus.
O diretor Kevin Kish alertou para "empresas e líderes que protegem assediadores e retaliam aqueles que denunciam violações à lei".
Nem a Disney nem a CBS responderam imediatamente aos pedidos de resposta feitos pela AFP.
"Criminal Minds" foi uma série policial de longa duração sobre o FBI, cujo elenco incluía Mandy Patinkin, Paget Brewster e Jennifer Love Hewitt, entre outros. Foi produzida em conjunto pela ABC e CBS, de propriedade da Disney.
Hollywood foi atingida por uma série de acusações de assédio sexual nos últimos anos. A sentença de 23 anos do magnata do cinema Harvey Weinstein por estupro e agressão sexual em março foi considerada um marco para o movimento #MeToo.