Jornalistas são vítimas de assédio em canal do YouTube

Âncoras de telejornais estão tendo suas imagens expostas com cunho sexual na internet

por Paula Brasileiro ter, 16/04/2019 - 18:08
Reprodução/Instagram Priscilla Bittencourt é uma das vítimas Reprodução/Instagram

Apresentadoras de telejornais locais de TVs afiliadas a grandes emissoras, como Globo e Record, estão sendo vítimas de assédio virtual. Há canais no YouTube que repostam imagens das jornalistas, durante o trabalho, dando-lhes conotação sexual. Em média, cinco contas do gênero estão fazendo tais publicações ressaltando partes do corpo das jornalistas.

Dentre as vítimas, estão Mariana Martins, apresentadora da Record em Goiânia; Priscilla Bittencourt, âncora da Globo em Sergipe; Silvye Alves, da Record Goiás; Jéssica Senra; Globo Bahia; Rafaella Oliveira, ex-apresentadora esportiva da Record em Sergipe; e Manuela Montenegro, da record Amazonas. Elas podem ser vistas em trechos dos telejornais em que trabalham, porém, com ênfase em partes de seus corpos, como seios e nádegas. Os vídeos chegam a destacar os movimentos das jornalistas usando o recurso de câmera lenta.

Um desses canais já possuem 219 vídeos que juntos somam mais de sete milhões de visualizações. Nos comentários, os usuários chegam a usar palavras de baixo calão e parabenizam o donos da conta pelo seu conteúdo. Os vídeos não têm bloqueio de idade e ainda são monetizados pelo YouTube.

Em entrevista ao UOL, a jornalista Priscilla Bittencourt demonstrou sua indignação em relação ao assédio: "Como qualquer mulher, eu me senti ofendida e desrespeitada. Acredito que a internet torna esse tipo de conduta ainda mais grave porque além do comportamento abusivo de quem posta, existe a exposição da imagem da vítima. Isso é um ato de violência que precisa de leis severas e fiscalização para que os agressores nãos e sintam impunes".

 

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