Hino nordestino, Asa Branca festeja 70 anos no FIG

Projeto Setenta com Sete levou sanfoneiros de diferentes gerações para uma homenagem ao Rei do Baião

por Geraldo de Fraga sex, 28/07/2017 - 07:12

Sete sanfoneiros de sete gerações. Foi assim o aniversário de 70 anos da música Asa Branca, de Luiz Gonzaga, que levou um grande público ao palco Mestre Dominguinhos, na noite desta quinta-feira (27), do Festival de Inverno de Garanhuns. Waldonys, Chambinho, Meninão, Adelson Viana, Agostinho do Acordeon, Mahatma e Terezinha do Acordeon foram os responsáveis por levar o público ao delírio com clássicos do Rei do Baião.

Chambinho, que interpretou Gonzagão no filme Gonzaga de Pai para Filho, repetiu a experiência de reviver o maior nome da música nordestina. "A responsabilidade só aumenta. É muito bom, principalmente no terreiro de Luiz Gonzaga, em Pernambuco. Dominguinhos falava muito de Garanhuns e me despertou essa curiosidade e hoje tenho grandes amigos aqui. Não tem nada que se compare a tocar para o povão, em praça aberta", disse.

Terezinha do Acordeon, única mulher do grupo e figurinha carimbada nas festas de Pernambuco, afirmou que não pensou duas vezes quando foi convidada para ingressar no show. "Homenagear Gonzaga é sempre uma honra para quem vive de música nordestina e Asa Branca é o hino não oficial do Nordeste. O resto do repertório foi difícil de montar, pois o cancioneiro dele é enorme, né", brincou.

A idealizadora do projeto, a produtora Morgot Rodrigues, afirmou que sua relação com o Rei do Baião, que ela chegou a conhecer pessoalmente, é de gratidão pela herança cultural que ele deixou. "Sou apaixonada por Luiz Gozanga. Ele é tão generoso que, ainda hoje, sustenta milhares de famílias que vivem de São João com a música que ele criou", conta, emocionada.

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