Marcelo Rezende sobre enfrentar câncer: 'Não tenho medo'
Apresentador do Cidade Alerta contou em entrevista como está lidando com a notícia da doença
Na noite do último domingo (14), Marcelo Rezende concedeu uma entrevista ao Domingo Espetacular, em que falou sobre seu afastamento da TV por problemas de saúde. O apresentador do Cidade Alerta, da Record TV, foi internado na segunda-feira (8), no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, três horas depois de ter concedido a entrevista ao programa, revelando que, aos 65 anos de idade, foi diagnosticado com um câncer no pâncreas, que irradiou para o fígado.
Durante a reportagem, Marcelo Rezende mostrou que está confiante para enfrentar uma das batalhas mais difíceis de sua vida:
- Eu não tenho medo da morte. Eu não tenho. O homem não foi feito para ter medo. O homem que tem fé não tem medo porque sabe que irá vencer. Você acha que eu não sei que eu vou atravessar um período difícil? Eu vou, sei que eu vou. Mas nada é difícil quando se tem Deus, e eu tenho.
Segundo o apresentador, o tumor começou no pâncreas e logo se espalhou para o fígado. Os sintomas da doença surgiram quando ele passou a sentir cansaço, falta de apetite e aversão ao vinho, bebida que tanto aprecia. A partir daí, resolveu buscar ajuda e realizou uma bateria de exames, sendo amparado por um médico amigo. Ele ainda relembrou como foi o momento do diagnóstico:
-Com uma cara triste, o médico se aproximou e me disse: Não tenho uma boa notícia para você.
Bem-humorado, Rezende comparou a superação de antigos casamentos com a doença. E ainda demonstrou que não tem medo do mal, muito menos da morte:
- Eu tenho cinco filhos, de cinco ex-esposas. Quem venceu cinco ex-esposas, com cinco ex-sogras, vence qualquer coisa. Eu estou me lixando para a doença, quem gosta de doença é medico e hospital. Eu estou doente? Tá bom, mas quer que eu faça o quê? Desmaie? Não tem essa cena, toca a vida.
O único momento de emoção de Rezende se dá quando o apresentador passa a falar da família. Até então, apenas os filhos, parentes e alguns poucos amigos sabiam da doença e passaram a ficar preocupadíssimos, ao contrário dele, que tem demonstrando tranquilidade para vencer o problema, já que se sente amparado pela religião:
- Meus filhos ficaram preocupados, alucinados. Estão perturbados e eu sento com eles e digo para ter calma. Eu que tenho que acalmá-los. Eu explico exatamente o que eu estou falando aqui, minha crença sobre a morte.
Para ele, vencer a doença vai muito além de ficar curado ou não e que as consequências da quimioterapia e a rotina de tratamento não lhe preocupam:
- Qualquer coisa que seja o resultado, eu já sai dessa, porque um homem que tem Deus, nada é obstaculo, tudo é simples. Vencer não quer dizer sobreviver, quer dizer muito mais, quer dizer que você está alinhado com muito mais. O médico me ligou e disse assim: Essa quimioterapia não faz cair cabelo. E eu disse: Que cabelo? Não tem mais o que cair. Resumo: essas não são minhas preocupações. A minha preocupação é estar firme para vencer. Em mais de 60 anos, eu não tive nada, agora eu estou tendo uma coisa e caramba, o tempo pra trás não conta? Tem que contar o agora? Tudo que eu vivi foi felicidade, eu não tenho tristeza na minha vida. Isso é tudo tão pequeno diante de mais de 60 anos de alegria, felicidade, meus filhos cresceram, todos têm horizonte.
O comandante do Cidade Alerta ainda pediu orações para o público que o acompanha no programa e também nas redes sociais, informando que em breve deve voltar às telinhas:
- Ore por mim, isso vai ser importante, essa comunhão do amor vai fazer com que eu saia dessa mais forte ainda, mais repleto das convicções que eu tenho. E aqueles que me amam, você não se desespere, porque eu não estou desesperado. No momento que a gente orar junto, vai fazer com que o céu me abençoe nesse momento, que é difícil, mas não definitivo. Já já vamos estar juntos no nosso Cidade Alerta.