Aos 86 anos, morre o artista plástico Glênio Bianchetti
Bianchetti colaborou na criação do Museu de Arte de Brasília
O artista plástico Glênio Bianchetti morreu na madrugada desta terça-feira (18), aos 86 anos. A causa da morte foi hemorragia interna, em decorrência de cateterismo realizado no final da última semana, no Hospital Santa Lúcia, na Asa Sul, em Brasília. Não haverá velório e o corpo será cremado nesta quarta-feira (19).
Nascido em Bagé, no Rio Grande do Sul, Bianchetti começou a estudar artes plásticas em 1940. Nove anos depois, entrou para o Instituto de Belas Artes de Porto Alegre, onde foi aluno de Iberê Camargo. Nos anos 1950, fez parte do Clube da Gravura em Porto Alegre, ao lado de Carlos Scliar, Vasco Prado e Danúbio Gonçalves.
Em 1962, se mudou para Brasília a convite de Darcy Ribeiro e ajudou na construção da Universidade de Brasília (UnB). Gravador, pintor, ilustrador e professor da UnB, Bianchetti era considerado um dos artistas brasileiros mais completos da atualidade. Na capital federal, colaborou na criação do Museu de Arte de Brasília, no início da década de 1970.
Foi responsável pela criação do Ateliê de Arte e o Setor Gráfico na UnB. Porém, foi demitido durante o governo militar e só foi readmitido na Universidade em 1988. Criou um dos cartazes da campanha da Diretas Já, durante a década de 1980. Bianchetti deixa a mulher, Ailema, e seis filhos.
Em nota, a ministra da Cultura Marta Suplicy ressaltou a importância de Glênio Bianchetti. “Toda solidariedade e carinho à família e amigos de Glênio Bianchetti, artista de primeira grandeza, também um pioneiro, ajudou na construção da Universidade de Brasília, e do Museu de Arte de Brasília. Glênio brindou a todos nós com obras belíssimas, tocantes!”