Djalma Guimarães

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Seu Bolso

Perfil:Economista pela UFCG e Mestre em Engenharia de Produção pela UFPE. É Docente, Projetista e Consultor Empresarial da i9 Projetos.

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A fartura no sistema bancário e o seu bolso

Djalma Guimarães, | ter, 04/06/2013 - 16:09
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Ano após ano o sistema bancário brasileiro lidera o ranking de lucratividade, com recessão ou sem recessão o lucro do sistema bancário é sempre noticia. Apesar da divulgada redução das taxas juros no ano passado a lucratividade de tais instituições continua elevada.

Uma pergunta que passa pela cabeça diante de tal prosperidade é: De onde vem esta lucratividade tão grande? Muitas respostas podem vir à mente do leitor, as elevadas taxas de juros, tarifas, “spread bancário” para os mais afeitos com o tema, etc.

Uma fatia significativa deste auspicioso retorno é derivada do pacote de serviço cobrado pelas instituições financeiras. No entanto, a grande maioria dos entrevistados (66,5%) em uma pesquisa do IPMN em Recife não sabe quanto paga de pacote de serviços mensalmente.

Ou seja, mensalmente alimentamos a fartura do sistema bancário e nem nos damos conta. Não pesquisamos o valor das tarifas cobradas e assim não estimulamos a concorrência entre os bancos o que só corrobora para tal situação.

Outro dado interessante mostra que 49% dos entrevistados já se sentiram lesados pelo banco que é correntista. No entanto, a taxa de migração de correntistas entre os bancos ainda é baixa.

Neste sentido, fazemos jus à máxima de que “o brasileiro reclama muito, mas age pouco”.

Não estamos condenando a intermediação financeira realizada pelos bancos, mas, quando uma margem de lucro tão grande é sustentada por taxas de juros e serviços cobrados tão elevados à situação muda de figura. Não é admissível que um país com envergadura econômica do Brasil possua um dinheiro tão caro.

O que o consumidor pode fazer para fugir das altas tarifas e juros cobrados pelos bancos?

Algumas medidas simples são propostas a seguir:

- Nunca compre a prazo apenas com base no valor da parcela, ao invés disto, crie o hábito de comprar com base na taxa de juros que está sendo cobrada. Em muitas ocasiões o juro cobrado é quase o valor financiado;

- Pesquise tarifas, existem diferentes instituições que fornecem crédito ao consumidor, o valor da tarifa pode variar bastante de uma instituição para outra;

 - Para os que não movimentam a conta com muita frequência existe um tipo de conta “conta social” que não possui custo com pacote de serviços;

- Utilize o serviço de Internet Banking do seu banco, que dispõe de operações sem custo para o cliente, visto que o uso tradicional do caixa eletrônico em alguns tipos de conta possui limite de extratos, saldos e saques, após este limite algumas taxas são cobradas;

- Nunca atrase seus compromissos financeiros para não cair na armadilha de algumas das maiores taxas juros do planeta terra;

- E acima de tudo, se esforce para poupar e adquirir os bens duráveis a vista.

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