Em qual área do direito investir atualmente?
Especializar-se em uma área tem valido mais a pena do que tentar comportar todas ao mesmo tempo, diz advogada e professora Luciana Garrett
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) desempenha um papel fundamental na organização e regulamentação da prática jurídica no país. Embora áreas como direito penal, tributário e trabalhista frequentemente se destaquem no imaginário popular quando se pensa em advocacia, a verdade é que a área é um campo vasto e diversificado. Encontrar e cultivar um nicho específico pode ser mais valioso do que simplesmente lidar com casos de maneira generalizada.
A escolha do ramo do direito é determinante para a 2ª fase da OAB que ocorrerá dia 21 de janeiro de 2024. Além de fatores que envolvem como aquilo que dá o prazer de estudar e a especialização necessária para atuar na área. Com intuito de esclarecer e aprofundar essas ideias, o LeiaJá conversou com a professora e advogada Luciana Garrett.
A especialização, por exemplo, permite que os advogados aprimorem suas habilidades, desenvolvam um conhecimento profundo em uma área específica e ofereçam um serviço mais qualificado aos clientes. Ao encontrar seu nicho, os profissionais podem não apenas se destacar no mercado, mas também experimentar uma satisfação profissional mais significativa, alinhando-se com suas paixões e interesses específicos dentro do vasto campo do direito.
Partes em ascensão, como direito ambiental, são indicadas pela professora: “Esse mercado verde que a gente está tendo hoje em dia, você vai ter questões relacionadas a crédito de carbono: como é que funciona isso? Como é que aquela empresa pode, por exemplo, estar ali e ser colocada como um exemplo de uma empresa que consegue ser ‘limpa’? Olhando para a poluição e tudo mais. Vai ter também legislações que você precisa verificar para serem aplicadas”, complementa.
Na ótica da especialista, outra possibilidade que vem sendo muito visada é o direito médico dentro das questões relacionadas diversos aspectos, como uma atuação mais voltada para particular, olhando para o consumidor, os planos de saúde ou uma atuação mais direcionada para o SUS. Ainda é possível, segundo a professora, atuar diante de um setor que envolve os conselhos, como o Conselho Regional de Medicina e o Conselho Federal.
Outro ramo em ascensão é o direito digital, contudo, segundo a professora, é necessário tomar cuidado com os detalhes técnicos deste setor. Garrett acredita que “é preciso ter alguns conhecimentos mais técnicos” relacionados a, por exemplo, termos utilizados com frequência e detalhes mais específicos na área.
Na ótica da docente, é possível ganhar dinheiro em várias áreas do direito, desde que não se caia na abrangência e foque em se especializar no nicho escolhido. “Tem gente que, por exemplo, só estuda para a área fiscal, só estuda para determinado cargo da área fiscal. A pessoa talvez quer ser delegada, ela só estuda, se prepara para aquilo, respira aquilo”, detalha.
O direcionamento judicial é essencial não apenas para facilitar a prestação de serviços jurídicos, mas também permite que os advogados atendam de forma mais eficaz às necessidades dos seus clientes. Além disso, contribui para a eficiência do sistema jurídico como um todo, ao garantir que haja profissionais dedicados a lidar com questões cada vez mais complexas e especializadas que surgem na sociedade contemporânea.