Entenda como e por onde começar a estudar para a OAB
Professores especialistas no exame reuniram dicas primordiais de estudo para quem busca a aprovação
Com inscrições previstas para serem abertas no dia 25 de abril, a XXXV edição do Exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) será mais uma vez um desafio para milhares de estudantes de direito. Alvo de muitas opiniões, que por vezes enchem os candidatos de medo e até mesmo de insegurança em suas capacidades, a prova, assim como qualquer outra, pode se tornar bem mais tranquila se houver um boa preparação.
Para isso, é fundamental que o estudante não deixe para última hora uma etapa tão importante da sua carreira, já que o melhor caminho para ter uma aprovação mais rápida e menos dolorosa é realizar um plano de estudo e buscar conhecer bem a prova da OAB. Dessa maneira, para esclarecer como colocar isso em prática, o LeiaJá conversou com professores que deram suas dicas de como começar e organizar os estudos.
Quando começar a estudar
Para o professor de ética Bruno Vasconcelos, é fundamental que desde o início do curso o estudante leve a sério as disciplinas, tendo em vista que a absorção de conhecimento feita ao longo dos períodos é indispensável para que ele tenha uma bagagem de conteúdos bem compreendidos.
Contudo, o docente recomenda que a preparação seja realizada com mais intensidade nos últimos semestres da graduação. “O momento ideal para começar a focar na OAB é a partir do oitavo período, porque no nono você já estará habilitado para fazer o exame da ordem, e, caso aprovado, já tem garantido o requisito de aprovação para se inscrever como advogado do seu estado.”
Foque nas principais matérias
Para alcançar um bom resultado, não é recomendado estudar de forma arbitrária. De modo contrário, o ideal é organizar uma estratégia de estudo para dedicar sua energia aos assuntos que mais caem na prova e que provavelmente irão fazer uma diferença maior na sua aprovação.
“Uma matéria que é essencial para quem deseja passar na OAB é a ética no direito, porque atualmente são oito questões de ética, 10% da prova e 20% daquilo que o aluno precisa acertar. Desse modo, se o estudante colocar como parâmetro a quantidade de questões de ética e a quantidade de assunto que se deve estudar, é primordial focar em ética”, explica o professor Bruno Vasconcelos.
Além de ética, o docente ressalta a importância de estudar o direito constitucional não só para as questões específicas da área, mas pela prova como um todo. “Esse ramo é muito importante, porque ele dá base para as questões diretamente relacionadas à área, que são sete questões, mas também serve como base para outros ramos do direito, como o administrativo, o trabalho e os mais recentes que entraram na OAB, no caso, direito previdenciário e eleitoral", salienta Vasconcelos.
Estude a lei a fundo
Em entrevista ao LeiaJá, a professora de direito privado Renata Lima destaca que um dos pontos primordiais para a aprovação na OAB é o conhecimento da lei. “Para mim, em primeiro lugar, o mais importante é saber que doutrina não é suficiente. A banca preza muito pelo sentido literal da lei, com isso, a leitura e o aprofundamento na mesma se tornam indispensáveis."
Busque o apoio correto
Outro ponto ressaltado pelo professor Bruno Vasconcelos é buscar os materiais necessários de preparação para a OAB, seja cursinhos, livros didáticos direcionados, entre outros recursos feitos para facilitar a vida do estudante.
“O estudo da OAB é diferente do que é realizado na sala de aula da universidade, porque precisa ser direcionado em específico para as exigências do exame, que tem suas próprias peculiaridades, seu corpo, sua estrutura bem específica. Assim, é importante que o estudante busque materiais e apoio ao desenvolvimento de um conhecimento proveitoso para a prova em si”, afirma.
Responda ao máximo de questões
Absorver o conteúdo teórico não é suficiente para nenhuma prova, por isso, mais uma dica da professora Renata Lima é que durante todo o período de estudo, o candidato coloque como prioridade a resolução de questões antigas da OAB e avalie seu desempenho, para ter uma visão sobre o que precisa melhorar, quais assuntos precisam de uma atenção maior e outros aprimoramentos.
“Provas objetivas não são fáceis. Por isso, é importantíssimo que o candidato treine bastante através de exercícios e simulados. Outra dica é fazer questões da época FDV, para que o aluno possa se adaptar à forma que a questão é cobrada e também se ligar nas inovações, porque sem aparecem novas temáticas e abordagens.”, explica.