Coronavírus: Recife ainda não irá suspender as aulas
'No momento, entendemos não ser aplicado a questão de suspensão das aulas das escolas e creches', afirmou o secretário de saúde da capital pernambucana
O Secretário de Saúde da capital pernambucana, Jailson Correia, deu uma entrevista, neste sábado (14), para falar a respeito das medidas anunciadas pela Prefeitura do Recife (PCR) para a conteção dos casos de Coronavírus. O titular da pasta também reforçou quais as estratégias que devem ser tomadas pela própria população para evitar idas aos centros de saúde sem a real necessidade, além de afirmar que medidas mais radicais, como a suspensão de aulas da rede municipal de ensino, ainda precisam ser estudadas.
“No momento, enquanto nós não temos a confirmação de transmissão local na nossa região, a questão das escolas continua como uma possibilidade, mas para ser usada onde ela pode ser mais efetiva”, disse o secretário. Ele afirma que outros estados da federação tiveram medidas diferentes porque neles, há casos de transmissão comunitária ou seja, quando o paciente infectado não esteve em países com registro da doença e mesmo assim transmite a doença para outra pessoa, que também não viajou.
Jailson afirma que, por não ser uma situação encontrada no Recife, a paralisação das atividade ainda está sendo estudada. “Pode ser que a gente, daqui a alguns dias, venha a discutir esse assunto. No momento, entendemos não ser aplicado a questão de suspensão das aulas das escolas e creches”, disse.
Em caso de suspeita, calma
O Secretário de Saúde também instruiu que a população não deve correr aos centros de referência em saúde a primeira tosse. “É fundamental que (a população) não vá aos hospitais de referência. Nem ao Oswaldo Cruz, nem ao Hospital Correia Picanço para este fim. Se a pessoa está muito bem de saúde, mas tem uma tosse, um pequeno espirro, um pouco de catarro, mas está se sentindo bem, não tem para que ela ir para um centro de saúde neste momento”, afirma.
O titular da pasta afirma que pessoas que estejam de volta de viagens do exterior podem fazer o isolamento por conta própria. “O Ministério da Saúde tem recomendado 7 dias de isolamento em casa, mesmo que não tenha sintomas clínicos. Se tiver sintomas clínicos que incluem febre e sintomas respiratórios passa a preencher critério para casos suspeitos e esse período fica um pouco maior, 14 dias”, explica.
O caminho indicado pelo secretário caso haja a presença de sintomas segue a seguinte ordem: “Se a pessoa apresenta sintomas respiratórios como febre, tosse e outros com mais relevância, deve-se ir ao posto de saúde mais perto de casa ou as UPAs e policlínicas. Nunca aos hospitais de referência”, reforça. Para quem fizer o isolamento caseiro voluntário a indicação é não compartilhar os mesmos utensílios que os outros moradores da residência. “Esta é uma forma de proteger quem está em casa”, finaliza.