Mendonça Filho: 'O jovem pode ser dono do seu caminho'
Ministro da Educação voltou a defender que o estudante escolha qual área do conhecimento seguirá ainda no ensino médio. Pernambucano participou do programa Roda Viva
A reforma do ensino médio foi novamente defendida pelo ministro da Educação, Mendonça Filho. Ele foi o entrevistado do programa Roda Viva, da TV Cultura, na noite desta segunda-feira (10). O gestor colocou os estudantes como donos do seu futuro, ao destacar a possibilidade de o aluno escolher qual área do conhcimento deverá focar ainda na escola.
De acordo com Mendonça Filho, os jovens poderão ter um direcionamento educacional já no ensino médio. O ministro falou durante programa que essa medida tem total relação com a vocação dos estudantes.
“O Brasil está distante da Europa, Estados Unidos, Ásia, do ponto de vista da flexibilidade. O jovem pode ser dono do seu caminho. Nós estamos propondo uma base curricular de um ano e meio. Depois, será aberto espaço para o jovem definir seu rumo e acentuar seu aprendizado nas áreas que têm vocação para seu futuro”, opinou o ministro.
Para Mendonça Filho, a forma atual como o ensino médio coloca o estudante para aprender de forma intensa disciplinas que não tem a ver com sua vocação, gera até angústia. “Qualquer jovem sabe que se depara com conteúdos de disciplinas que não precisamos ofertar o mesmo nível de intensidade. Vejo alunos que têm muito mais foco em Humanas, agunstiados dentro da sala de aula, porque não precisam ter a profundidade da física”, declarou.
Ainda durante o programa, o ministro foi questionado sobre como as redes de ensino irão arcar com a proposta das escolas integrais. A previsão inicial é que 500 mil jovens estudem integralmente até 2018 e que a carga horária de aula passe de 800 horas para 1,4 mil horas por ano.
“Acho que o ensino integral não atrapalha a reforma do ensino médio. A necessidade dos 25% dos nossos estudantes na educação integral caminha paralelamente com a reforma e não compromete aquilo que é essencial”, disse o ministro, sem detalhar se o governo federal ajudará as redes de ensino com recursos financeiros.
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