Mercado: mídias digitais são novas opções para jornalistas
Segundo coordenadora de curso de Comunicação Social, Juliana Leitão, o perfil dos novos profissionais tende a ser mais empreendedor
Comemorado há 85 anos, o Dia do Jornalista foi instituído em homenagem a João Batista Líbero Badaró, jornalista e médico, que foi morto, em São Paulo, a mando de alguns inimigos políticos. O fato aconteceu em 1830, mas a homenagem só foi formalizada no dia 7 de abril de 1931. A data também celebra a fundação da Associação Brasileira da Imprensa (ABI).
Desde a formalização até os dias atuais, os profissionais já passaram por vários marcos, como a regulamentação da profissão, a sindicalização, a conquista do piso salarial e liberação da certificação para exercer a profissão. Entre as áreas que os jornalistas podem atuar estão o rádio, o jornal impresso, a TV, a internet e a assessoria de imprensa.
Segundo o coordenador do curso de Comunicação Social da UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau, Juliana Leitão, o mercado está passando por uma crise, mas os estudantes já estão se reinventando e empreendendo. “Antigamente, os estudantes entravam na faculdade para entrar nos grandes veículos, hoje, eles enxergam oportunidades nas redes socais e nos seus canais na internet”, falou.
A gestora do curso ainda reforçou que o perfil do novo profissional está mudando e, futuramente, o mercado contará com mais profissionais empreendedores. “A assessoria de imprensa, por exemplo, é uma das opções. Mesmo já existindo há anos, a necessidade aumenta nas pequenas empresas. Além disso, a comunicação empresarial e as novas mídias são outras sugestões”, apontou.
Com o apelo das redes sociais, ela destacou também que os veículos tradicionais estão correndo atrás dos novos formatos que atendam os leitores digitais. “Percebemos que eles estão preocupados em produzir mais fotos e vídeos, uma vez que a linguagem multimídia está tendo mais alcance nesses meios. Além disso, eles estão preocupados em estar em todas as mídias”, concluiu.
A estudante do sétimo período do curso jornalismo, Mariana Brito diz que sempre atuou em agência de comunicação e que pretende seguir carreira na área de mídias digitais. "Já trabalhei como assessora de imprensa por um tempo e agora estou na área de produção de conteúdo para internet. Confesso que me identifiquei bastante e pretendo seguir nessa área", falou.
Perto de concluir a graduação e atuando em um veículo de comunicação do Recife, a estagiária Gabriele Lima também não descarta a posibilidade de trabalhar com as novas mídias. De acordo com a estudante, que já atuou na área de assessoria e em um programa de rádio, a redação ainda é o seu verdadeiro sonho, mas o mercado assusta um pouco. "As pessoas falam muito da situação atual e da crise, mas tenho esperança em continuar na redação, mas também vejo as mídias como novas oportunidades", finalizou.