Cresce a utilização de redes sociais na busca por emprego

Pesquisa do Instituto Maurício de Nassau comprova que 8,1% das pessoas procuram informações sobre vagas de emprego, perdendo apenas pelo interesse por fofocas

por Gabriela Viana sex, 28/06/2013 - 00:04

As redes sociais têm ficado cada vez mais popularizadas e, com as inúmeras possibilidades de compartilhamento de informações, elas passaram de mero instrumento de entretenimento para ambiente virtual de multifuncionalidades. Por isso, o Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau realizou uma análise da população recifense, nos dias 10 e 11 de junho, sobre essa nova ferramenta virtual. 

Reunindo 624 entrevistas, a amostra é definida com base no censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE), - as fontes oficiais de dados. Estando a maioria dos entrevistados na faixa etária de 25 a 34 anos (23,3%) e entre 45 a 59 anos (23, 1%), a pesquisa constatou que 58,7% das pessoas não usam frequentemente as redes sociais, enquanto que 39,4% usam com frequência. Além disso, 61,2% da população busca por informações nas redes sociais e, destas, 8,1% faz procuras sobre emprego, perdendo apenas para fofocas com 10,8%. 

De fato, o interesse pelas vagas de emprego é grande e está estampada no Feed de Notícias dos usuários da rede mais utilizada no mundo, o Facebook. A prova disso são as diversas fanpagens e até mesmo contas de usuários criadas com o fim de divulgar as mais novas oportunidades para diversas áreas do mercado de trabalho. Um exemplo desses "divulgadores de vagas de trabalho" é a página Empregos Recife, gerenciada pelo administrador Cristiano Guimarães, de 30 anos. 

Ele conta que em 2006, quando ainda estava na faculdade, vários amigos pediam ajuda e indicações de estágio, por isso, resolveu criar um blog que, de tanto sucesso, migrou para o Orkut, Twitter, facebook e até o LinkedIn - rede social mundial de compartilhamento de informações profissionais. "Hoje nós temos mais de 130 empresas parceiras, que nos informam quanto as vagas. A ideia deu tão certo que não vou mais atrás das informações, elas vêm até mim", afirma Guimarães, que conta com mais de 10 mil seguidores no facebook e na fanpage da mesma rede.

O Emprego Recife preza por ampliar constantemente a credibilidade, realiza sempre um cadastro com as empresas e já comprou até domínio e hospedagem para o blog, mas não são todas as páginas que passam essa confiança. O fisioterapeuta Tiago Albuquerque, de 29 anos, ficou sabendo por um amigo que uma empresa de pilates estava com seleção aberta para novos funcionários e não houve dúvidas. "Fui à página do face da empresa e estava lá estampado algo do tipo: 'Atenção fisioterapeutas e educadores físicos, seleção aberta para equipe de pilates. Tal dia, tal hora'. Imprimi meu curriculo e dois dias depois cheguei na empresa para seleção, sem maiores avisos", informa.

O fisioterapeuta não teve a sorte de se identificar com a política do local, mas, não tira o prestígio que o facebook tem com a reunião dessas oportunidades e dá a dica: "Até onde sei, não há um sistema de autenticação para empresas fazerem essas proposta ao público. Imagino que esse tipo de proposta de emprego poderia ser fonte para atos criminosos também, se não for usado de maneira adequada. Checar na junta comercial e checar o registro da empresa é a maneira mais fácil e segura de se confirmar a confiabilidade."

Com o crescimento do interesse populacional pelas redes sociais e, principalmente, por informações profissionais, grandes empresas como a Google - dona da Google+ - tem desenvolvido suas ferramentas para a aceitação, também, de empresas. O objetivo é proporcionar as mesmas vantagens e possibilidades que a Fanpage do Facebook que, além disso, lucra com a "guerra de popularidade" entre as páginas empresariais com a super invenção da opção "promover", em que os posts alcançam um maior número de pessoas sob o pagamento de uma taxa. 

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