UFPE: saiba como foi a prova de matemática
Os professores Marconi Sousa e Diogo Lobo criticam a forma como as questões foram abordadas
Matemática é uma das disciplinas que fez parte da prova da segunda fase do processo seletivo da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), realizada na manhã deste domingo (13).
Para os professores, Marconi Sousa e Diogo Lobo, a prova deste ano manteve o padrão da edição anterior com 11 questões abertas e 5 de verdadeiro ou falso (dupla coluna). “Sem apresentar novidades relevantes, observou-se uma preocupação, por parte da banca, em contemplar conteúdos que só fazem parte do programa da segunda fase, como a questão 4 de geometria analítica, que exigia conhecimento das equações das cônicas, tópico que não aparecia há pelo menos 10 anos, e a questão 12 de números complexos, em que o aluno precisava calcular a potência do complexo na forma trigonométrica”, frisam.
“A prova, como em edições anteriores, contempla aspectos mais relacionados a matemática pura e apresenta pouca preocupação com a contextualização, como foi observado, por exemplo, na questão 2 de sistemas lineares, que exigia a discussão do sistema e a questão 3 de funções, que se apresenta de forma puramente técnica. A prova difere bastante dos modelos do Enem e UPE, se adequando mais ao aluno de Exatas. Vale ressaltar a presença de quatro questões de matemática básica, que não foge ao padrão dos anos anteriores”, completam.
Os professores, Marconi e Diogo, criticam ainda a forma como as questões foram abordadas. “Faltaram aquelas que fariam o aluno pensar mais um pouco. As questões foram muito objetivas, se aproximando mais do nível de exercícios do que de problemas. Esse fato, pode ser observado, por exemplo, na questão 14 de matrizes, em que o aluno precisava calcular apenas a matriz inversa. Mas o fera se preparou bem durante o ano e manteve a calma, não teve muitos problemas na resolução desta prova, já que tiveram tempo para sua resolução”, finalizam.