Quem integra a crônica esportiva sabe que uma das regras básicas do “faro” jornalístico é sempre desconfiar de afirmações veementes quando estão falando e apontando para o contrário. A mais emblemática das frases vem dos dirigentes (sempre eles). Aquela “O treinador Fulano está prestigiado” é ouvida pelos jornalistas e radialistas como “Ele está prestes a cair”.
Esta semana o futebol pernambucano viu dois exemplos dessa “regra” e para espanto geral os cartolas não estão presentes em nenhum dos casos.
O primeiro foi o atacante Élton. Logo após marcar, de pênalti, o historico primeiro gol do Náutico na Arena PE, o atacante afirmou nas entrevistas após o jogo que não estava deixando o Timbu, como vinham especulando. “Meu foco é o Náutico e a Série A. Quero muito ajudar o clube e sei de nada sobre proposta do futebol árabe”, declarou o atacante. Adivinha o que aconteceu? Élton confirmou nesta sexta-feira, dois dias depois, que não só havia proposta como ele a aceitou e está se transferindo para o futebol árabe.
Ontem (23), quem resolveu “dirigentar” foi o treinador Marcelo Martellote. Em entrevista concedida ao programa Esportes 10 no Ar, ele negou veementemente que havia recebido uma proposta para treinar o Sport. Questionado sobre por qual motivo havia deixado o Arruda mais cedo na tarde de ontem, ele afirmou que estava correndo no calçadão de Boa Viagem.
Algumas horas se passaram, veio chegando o final da noite, início de madrugada e o que aconteceu? Alguém arrisca? Dou-lhe uma, dou-lhe duas, dou-lhe três... “Marcelo Martellote é o novo treinador do Sport” eram as manchetes dos sites.
Sempre foi complicado acreditar em alguns dirigentes, mas será que essa moda pegou também entre os boleiros e treinadores?