Discord atrai jovens para desafios de violência extrema
Usuários aproveitam a falta de controle do aplicativo para praticar crimes. Uma jovem torturou um gato durante transmissão ao vivo
A plataforma de mensagens instantâneas Discord começa a preocupar os pais. Com objetivo de aproximar pessoas com os mesmos interesses, o aplicativo cresceu entre a comunidade gamer durante a pandemia, mas se popularizou sem uma fiscalização adequada.
Apesar de contar com políticas de uso, o Discord ou "Discórdia" vem atraindo adeptos pela falta de controle de entidades fiscalizadoras. Uma reportagem que foi ao ar no Fantástico desse domingo (30) mostrou o caso de uma adolescente que botou fogo na própria casa, na Grande São Paulo, enquanto torturava um gato em uma transmissão ao vivo.
A jovem de 13 anos era assistida por mais de 16 mil pessoas, que a incentivava a estrangular, esfaquear e queimar o animal. A tortura foi feita em frente às câmeras e ela queimou um pedaço de papel para atear fogo no gato. Um acidente durante a transmissão fez as chamas se alastraram pelo imóvel.
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A plataforma disse à reportagem que colabora ativamente com a aplicação da lei. Sediada em São Francisco, o Discord nasceu em 2015, como um ambiente de interação para jogadores online. Conforme cresceu, ela passou a atrair pessoas fora do universo gamer entre os fóruns sobre diversos assuntos, os "servidores".
Nesses espaços virtuais, os usuários conversam e compartilham conteúdos entre si, muitas vezes íntimos. Considerado um ambiente que reúne renegados da internet, o Discord vem dando dor de cabeça ao governo dos Estados Unidos pelo cometimento de crimes, como a propagação de discursos supremacistas e envio de pornografia infantil. A empresa também passou a ser investigada pelo vazamento de documentos secretos do Pentágono.