Telegram tem recordes de registro após regras do WhatsApp
O bom desempenho ocorre em reação ao anúncio de seu concorrente de que compartilhará mais dados com sua empresa-mãe, o Facebook
Cerca de 25 milhões de usuários se inscreveram na plataforma de mensagens Telegram nas últimas 72 horas, disse seu fundador, o russo Pavel Durov, nesta terça-feira (12), em reação ao anúncio de seu concorrente, WhatsApp, de que compartilhará mais dados com sua empresa-mãe, o Facebook.
"Durante a primeira semana de janeiro, o Telegram ultrapassou os 500 milhões de usuários ativos mensais. Depois disso, continuou a crescer: 25 milhões de novos usuários chegaram ao Telegram nas últimas 72 horas", disse Dúrov em seu canal na rede.
"Este é um aumento significativo em relação ao ano passado", continuou, acrescentando que o Telegram já havia tido ondas repentinas de registros durante seus "sete anos de experiência na proteção da privacidade de seus usuários", mas "desta vez é diferente".
"As pessoas não trocam mais sua privacidade por serviços gratuitos. Não querem mais ser reféns de monopólios de tecnologia", acrescentou o bilionário de 36 anos.
Sem falar na concorrência, ele fez referência ao WhatsApp, alvo de críticas desde a quinta-feira passada, após ter pedido aos seus dois bilhões de assinantes que aceitassem novas condições de uso.
Os usuários que as rejeitarem não poderão acessar suas contas a partir de 8 de fevereiro. Dessa forma, o grupo busca rentabilizar sua plataforma ao permitir que anunciantes entrem em contato com seus clientes pelo WhatsApp, e até mesmo vendam seus produtos diretamente, como já é o caso na Índia.
Este anúncio teve consequências também para outro aplicativo de mensagens, o Signal, que desde a semana passada está na lista dos mais baixados nas plataformas Apple Store e Google Play em diversos países.
Fundado em 2013 pelos irmãos Pavel e Nikolai Durov, criadores da popular rede social russa VKontakte, o Telegram afirma que a segurança é sua prioridade e geralmente se recusa a colaborar com as autoridades, o que tem levado a tentativas de bloqueio em alguns países, principalmente na Rússia.