Samsung pede desculpas em jornais de grande circulação
Sul-coreana encerrou vendas e suspendeu a produção do smartphone Galaxy Note 7
Para tentar se redimir com os consumidores e melhorar a imagem de sua marca, a Samsung resolveu não economizar e comprou páginas inteiras de anúncios em jornais norte-americanos como The Wall Street Journal, The New York Times e The Washington Post para se desculpar pelo fiasco do Galaxy Note 7. O aparelho apresentou uma falha na bateria que fazia o telefone superaquecer, e, em alguns casos, pegar fogo.
No pedido de desculpas, assinado pelo CEO da Samsung Eletronics da América do Norte, Gregory Lee, a empresa reconhece que não conseguiu oferecer o que tinha prometido. "Um ponto importante da nossa missão é oferecer a melhor segurança e qualidade de sua categoria. Recentemente, nós não cumprimos essa promessa", diz o texto.
A empresa, que relatou queda no lucro operacional do último trimestre em 30%, diz que vai continuar investigando o problema e que vai compartilhar os resultados com seus clientes quando a análise estiver completa. "O processo será exaustivo e incluirá alguns dos melhores especialistas técnicos independentes do mundo para ajudar a informar e validar nosso trabalho", afirmou.
Depois de relatos de que a bateria do aparelho superaquecia e até explodia, a Samsung anunciou um recall de 2,5 milhões de unidades do modelo Galaxy Note 7 no mês passado. A decisão de suspender a produção do modelo imaginado para concorrer com o iPhone causará uma queda no lucro de US$ 3 bilhões nos próximos dois trimestres. "Nós sabemos que vocês esperam mais da Samsung, e que sua lealdade é conquistada, e não dada", escreveu a empresa.
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