Como o Galaxy Note 7 levou a Samsung da ascensão à crise
Relembre o caminho complexo que levou o aparelho da ascensão à queda em apenas 70 dias
A história de um dos telefones mais promissores do ano chegou ao fim nesta terça-feira (11). Mal imaginava a Samsung, ao anunciar com entusiasmo seu novo top de linha em 2 de agosto, que o Galaxy Note 7 causaria uma crise que pode custar até US$ 17 bilhões aos cofres da maior fabricante de smartphones do mundo. Na cronologia a seguir vamos relembrar o caminho complexo que levou o aparelho da ascensão à queda em apenas 70 dias.
Lançamento
Em 2 de agosto a Samsung apresentou o Galaxy Note 7 – seu novo smartphone top de linha. O aparelho combinou muitas das características do Galaxy Note 5, como o design, e a impermeabilização que agradou os consumidores do Galaxy S7 Edge. Além disso, o aparelho impressionou a crítica especializada e o mercado consumidor ao trazer um scanner de íris que permitia desbloquear o telefone com os olhos.
Chegada ao mercado
Poucos dias depois, em 19 de agosto, o Galaxy Note 7 começou a ser comercializado em 10 mercados, incluindo os EUA.
Primeiros sinais de crise
Em 24 de agosto o primeiro relato de explosão relacionado ao Galaxy Note 7 surge na mídia. O incidente ocorreu na Coreia do Sul, terra natal da Samsung. Nos dias posteriores, eventos semelhantes foram registrados ao redor do mundo, causando desconfiança nos consumidores.
Recall de 2,5 milhões de smartphones
A fabricante sul-coreana Samsung anunciou em 2 de setembro o recall de 2,5 milhões de smartphones da linha Galaxy Note 7, smartphone lançado globalmente há apenas duas semanas. O recall ocorre devido a uma grave falha na bateria do dispositivo, que havia causado até então pelo menos 35 acidentes.
Problemas continuam mesmo em smartphones substituídos
Mesmo após o anuncio do recall, o Galaxy Note 7 continua estampando as manchetes de todo o mundo. Por precaução, várias companhias aéreas começam a proibir que seus passageiros utilizem o smartphone a bordo. O que parecia um problema menor e controlado se torna cada vez maior.
Estopim da crise
Mesmo assim, a companhia sul-coreana continua comercializando seu produto em diversos países – afirmando que os aparelhos substituídos são totalmente seguros. Em 4 de outubro, um destes smartphones entrou em combustão dentro de um avião nos EUA, levando um voo a ser evacuado pouco antes da decolagem. Paralelamente, operadoras americanas como AT&T, T-Mobile e Verizon retiram o dispositivo de suas prateleiras.
Adeus, Galaxy Note 7
Para a companhia sul-coreana, não houve alternativa a não ser aposentar o recém-lançado smartphone Galaxy Note 7. Em 11 de outubro a Samsung anuncia a retirada permanente do smartphone do mercado e recomenda aos usuários que desliguem o aparelho por conta do risco de explosão causados por superaquecimento na bateria.
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