Tópicos | retaliação

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse no início da tarde desta quinta-feira (22) que considera "retaliação" o pedido de indiciamento de seu nome no relatório final da CPI do Cachoeira. Ele avalia que essa solicitação é uma resposta de petistas à sua atuação frente às denúncias do mensalão, em julgamento no Supremo Tribunal Federal. "Caso se concretize (o indiciamento), eu considero, sim, isso uma retaliação", afirmou Gurgel.

O relator da CPI do Cachoeira, deputado Odair Cunha (PT-MG), pressionado pela cúpula do PT, propõe em seu parecer que o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) investigue o procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Cunha traz o relatório final com a proposta de indiciamento de 46 pessoas envolvidas com o bicheiro Carlinhos Cachoeira.

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No relatório, Odair Cunha alega que Gurgel suspendeu "sem justificativa" as investigações da Operação Vegas, ação da Polícia Federal iniciada em 2009, que apontou os primeiros indícios de ligação do contraventor com parlamentares, entre eles o senador cassado Demóstenes Torres (sem partido-GO).

Durante os trabalhos da comissão, Gurgel informou à CPI que decidiu parar as investigações da Vegas para encontrar elementos mais fortes da atuação de Cachoeira. Segundo o procurador-geral, isso só ocorreu quando a Polícia Federal deflagrou a Operação Monte Carlo, que prendeu Cachoeira em 29 de fevereiro. A leitura do parecer de Cunha estava prevista para esta quinta, mas foi adiada para a próxima semana, e deve ocorrer na quarta-feira (28).

A família de Isadora Faber, 13 anos, autora do "Diário de Classe", página no Facebook onde relata o cotidiano da Escola Básica Maria Tomázia Coelho, em Florianópolis, continua sendo vítima de intimidações e ameaças, segundo os próprios familiares.

Na noite de segunda-feira (5), a avó da garota, Rosa Faber, 65 anos, recebeu uma pedrada no lado direito da cabeça, depois que uma pessoa teria arremessado pedras em direção à casa da família. Na terça-feira (6), o pai de Isadora, Christhian, foi à 6ª Delegacia de Polícia Civil registrar queixa. A delegada responsável não foi localizada nesta quarta-feira (7) para comentar o caso pois, segundo o plantão, estava "fora" e não retornaria.

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Existe a suspeita de que o agressor seja a mesma pessoa que foi há algum tempo acusada pela blogueira de ter recebido dinheiro para pintar a quadra da escola, mas não cumpriu o serviço. O teor do Boletim de Ocorrência não foi divulgado pela polícia. Além da mãe de Isadora, Diamela Leal Faber, Joice da Rosa, mãe de um garoto de oito anos, José Luiz, também registrou um Boletim de Ocorrência na Delegacia de Proteção ao Menor e Adolescente da capital catarinense.

O BO foi postado na página do Diário de Classe e diz que ele (o garoto) também é vítima de ameaças feitas por uma aluna, Luana Barbieri, por ter amizade com Isadora. O pai da garota, segundo Isadora, também costuma ofender sua família, além de demonstrar xenofobia, pois entre os insultos é comum frases como "vocês não são nativos daqui", em referência à origem gaúcha dos familiares.

Com relação ao ataque ocorrido na segunda, a mãe da garota relatou à imprensa local que as pedras foram arremessadas por trás do muro de dois metros de altura, sendo que uma delas atingiu o carro e outra caiu no gramado. Assustadas, foram para dentro de casa e na terça a avó, que sofre de uma doença degenerativa, foi levada para o Instituto Geral de Perícias, onde realizou exames.

Apesar do incentivo à filha, porém, Diamela teme pelo futuro. "As crianças estão se posicionando contra a Isadora. As coisas estão tomando proporções sérias e a Isadora não baixou a cabeça. Eu não posso incentivar ela a retirar as críticas contra a escola, pois vou ensinar que fazer o errado é que é o certo", disse a um portal de notícias local.

A reportagem tentou ouvir representantes da escola onde Isadora estuda, mas, segundo informações da secretaria, a diretora - única autorizada a falar - Liziane Farias - havia saído e também não retornaria à escola. Logo após o ataque, Isadora fez menção às pedras que atingiram sua avó. "Ontem à noite teve uma chuva de pedras em casa, uma delas atingiu minha avó de 65 anos que sofre de uma doença degenerativa. Meus pais tomaram providências e hoje levaram minha avó para fazer exames e para a polícia", concluiu.

Isadora criou a página em 11 de julho. Após a grande repercussão nas redes sociais, a família passou a sofrer retaliações, além de tentativas de desqualificar as opiniões da garota. Em setembro ela chegou a ter um BO registrado contra ela por uma professora que havia sido criticada. A página tem cerca de três mil seguidores.

Membros do grupo hacker Anonymous publicaram na última quinta-feira (13) números de cartões bancários após a detenção de um membro do grupo pela Polícia Federal Americana (FBI). Segundo o grupo, o FBI deteve na última quarta-feira Barrett Brown enquanto esse participava de um chat online. Em declaração a AFP, o FBI se recusou a fazer qualquer tipo de comentário sobre o assunto.

Como possível represália a ação, o Anonymous publicou na internet os números de 13 cartões bancários que "poderiam pertencer" a autoridades governamentais.

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Segundo a página The Hackers News, Brown é um hacker famoso após ameaçar divulgar nomes de 75 membros do cartel mexicano Los Zetas, responsáveis pelo sequestro de um membro do Anonymous.

 

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