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A Itália está em recessão, afirmou o ministro da Indústria, Corrado Passera, em discurso na manhã de hoje. Segundo ele, porém, "o país tem fundamentos para começar a falar sobre crescimento".

"Nós estamos em uma recessão", afirmou Passera em discurso ao grupo de lobby empresarial Confindustria. O ministro disse que a crise econômica global "foi criada por um gerenciamento sombrio e inadequado" da situação.

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As palavras do ministro ecoam as novas previsões para 2012 divulgadas pela Confindustria, apontando que o Produto Interno Bruto (PIB) italiano deve recuar 1,6% no próximo ano. A previsão anterior do grupo era de crescimento de 0,2% em 2012.

O ministro da Indústria afirmou que o crescimento econômico pode vir apenas das próprias companhias. "Se nós não liberarmos as companhias para criarem o crescimento, não há outra maneira", afirmou ele, possivelmente aludindo ao fato de que o governo não tem dinheiro para medidas de estímulo.

Ao mesmo tempo, "a emergência hoje se chama crédito", afirmou Passera, acrescentando que as novas exigências de capital da Autoridade Bancária Europeia (EBA, na sigla em inglês) são uma medida "destituída de sabedoria". Mais cedo nesta semana, a EBA informou que os bancos europeus necessitarão de um total de 114,7 bilhões de euros em capital novo para atingir as novas exigências mínimas de capital.

Os acionistas do UniCredit, um dos maiores bancos do país, se reúnem em Roma nesta quinta-feira para aprovar um aumento de capital da instituição de 7,5 bilhões de euros. "Os bancos terão um grande impacto, e eles terão menos recursos", afirmou o ministro. As informações são da Dow Jones.

Os efeitos da crise da dívida soberana na zona do euro estão se espalhando para países importantes, bancos e investidores, e outra recessão econômica não pode ser descartada, afirmou, hoje, o Fundo Monetário Internacional (FMI), por meio de um relatório.

Para o Fundo, a Europa crescerá 2,3% em 2011 e 1,8% em 2012. A inflação estimada para este ano é de 4,2% e de 3,1% para 2012, o que justificaria uma política monetária mais acomodatícia. Além disso, a União Europeia (UE) deve facilitar uma presença maior do Banco Central Europeu (BCE) nos mercados, disse o FMI.

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Antonio Borges, diretor do departamento europeu no FMI, salientou, no entanto, que a maioria dos países do continente não está em condições de implementar medidas para estimular a economia. "É claro que eles precisam manter uma disciplina muito forte no campo fiscal". A Grécia, em especial, ressaltou, deve acelerar a implementação de reformas econômicas, como a privatização de estatais.

Borges destacou que os bancos europeus estão sob forte risco, e repetiu que a posição do FMI é a de que todos os grandes bancos regionais deveriam ser recapitalizados. Se essa recapitalização não puder ser feita pelo setor privado, os governos devem ajudar, diz o diretor do Fundo.

Ele lembra, no entanto, que essas decisões precisam ser tomadas por toda a Europa. Borges propôs a criação de um fundo de seguros de depósitos. "Tudo isso é viável", disse, mas afirmou que pode ser difícil colocar essas ações em prática em função de obstáculos políticos. As informações são da Dow Jones.

O governo tinha indicações que as variações do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no terceiro e no quarto trimestres deste ano poderiam vir negativas, evidenciando um "mergulho" da atividade econômica. Integrantes da área econômica acreditam que isso pode ter precipitado a ação do Banco Central, que decidiu cortar a taxa de juros em 0,5 ponto porcentual, para 12% ao ano, surpreendendo o mercado financeiro.

O corte nos juros foi feito esta semana para evitar que na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em outubro, a redução necessária fosse ainda mais drástica. As evidências de esfriamento interno e externo são tão contundentes que o Banco Central já se prepara para cortar de 4% para 3,5% a taxa de expansão do PIB em 2011 no Relatório de Inflação que será divulgado no fim deste mês. O número pode ser modificado, a depender dos dados econômicos que serão divulgados ao longo dos próximos 20 dias.

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Com a redução da estimativa, o BC tenta transmitir a mensagem de que não trabalha com meta de crescimento do PIB. Ou seja, havia espaço para corte nos juros porque a economia cresceria menos, colocando menor pressão sobre a inflação.

Por enquanto, o Ministério da Fazenda mantém sua projeção de 4,5% de crescimento, mas o ministro Guido Mantega admitiu que o resultado deve ser mais próximo de 4%. A divulgação do resultado do PIB do segundo trimestre na sexta-feira, mostrando desaceleração, confirmou o que a área econômica já sabia. Os técnicos esperavam crescimento entre 0,5% e 1%. O resultado divulgado pelo IBGE foi uma expansão de 0,8% sobre o trimestre anterior, o que aponta para uma taxa anualizada de 3,2%. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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